Mercado

Quais efeitos esperados da COVID-19 no mercado pecuário em 2021?

A COVID-19 tem efeitos no comportamento do consumidor, na indústria e, por consequência, no mercado pecuário.

Pois é, e o objetivo aqui é de apresentar os efeitos da pandemia no mercado pecuário dos Estados Unidos em 2021.

Os desafios da indústria diante da COVID-19 continuam a limitar o abate e, por consequência, a quantidade de carne disponível para os consumidores nos Estados Unidos.

Embora os níveis diários de abate tenham melhorado de maneira consistente em maio, eles seguem abaixo da oferta de animais disponível. Isso, claro, sem falar no estoque acumulado de gado pronto para abate observada ao longo dos últimos meses.

Cabe lembrar que o relatório mensal do USDA sobre Confinamento mostrou que a quantidade de animais no cocho em sistemas com capacidade de pelo menos 1.000 cabeças foi 22% mais baixo em abril do que no mesmo período do ano anterior pelo segundo mês consecutivo. O abate de bovinos em abril foi quase 600.000 cabeças abaixo do nível de 2019.

Aliás, o Farmnews apresentou dados esperados da produção de carne bovina dos Estados Unidos que, deve cair forte no 2° trimestre de 2020 em virtude dos efeitos da COVID-19. O USDA estimou em maio a perspectiva de produção de carne bovina no 2° trimestre de 2020, com projeção de queda de 18,1% em relação ao trimestre anterior. Clique aqui e saiba mais!

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Pois é, o mercado de pecuária de corte tem uma dinâmica diferente de aves e suínos e, claro, isso tem reflete na expectativa de que mais carne deve ser comercializada no final deste ano e até 2021.

E a maior oferta de animais frente a capacidade de abate já derrubou os preços do boi gordo nos Estados Unidos. Nesse sentido, o Farmnews apresenta dados de preços no mercado mundial do boi gordo entre janeiro de 2015 e maio de 2020. Clique aqui e confira os dados!

O fato é que o abate de boa parte dos animais está sendo adiada para os próximos meses e os animais continuam ganhando peso. O peso dos animais tem superado os valores observados em 2019, mas, essa engorda tem um custo, além de prejudicar o fluxo de caixa dos pecuaristas. O cenário é desafiador, pois reflete em mais custos e menor previsibilidade de venda.

De concreto, sabe-se apenas que os efeitos da COVID-19 no mercado pecuário dos Estados Unidos é preocupante e maior que o inicialmente pensado.

Isso porque o que talvez inicialmente fosse apenas um limitante de curto prazo no lado da oferta, parece cada vez mais uma situação que afetará os mercados até 2021.

Embora a demanda por carne bovina esteja enfrentando sua própria parcela de desafios, dada a incerteza econômica e as altas taxas de desemprego, há razões para permanecer otimista sobre os gostos e preferências dos consumidores por carne bovina. A questão da oferta, no entanto, levará mais tempo para ser resolvido e essa incerteza aumenta os riscos e desafios do produtor norte-americano.

O Farmnews apresenta alguns pontos importantes relacionados a COVID-19 e as tendências do mercado de alimentos. Clique aqui e saiba mais do assunto!

Adaptado de Beef Magazine

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Ivan Formigoni

Zootecnista, Fundador do Farmnews e interessado em fornecer informações úteis aos nossos leitores!

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