Mercado

Falta mão de obra qualificada no agronegócio!

Apesar do campo ser o setor que mais cresceu no País em 2017, falta mão de obra qualificada no agronegócio.

A agropecuária foi o setor que mais cresceu em 2017 (clique aqui), mesmo com a falta de trabalhadores qualificados. Esse gargalo, contudo, pode comprometer o desenvolvimento do agronegócio no médio prazo, pressionando custos, sobretudo em lavouras com uso intenso de tecnologia, como a soja.

Vale lembrar também que apesar do agronegócio ser o responsável pela alta do PIB em 2017, o mercado de trabalho não avançou no setor! Clique aqui!

No Mato Grosso, o maior produtor de soja do País, que neste ano deve colher 32 milhões de toneladas, existe um déficit de mão de obra especializada, conta o diretor executivo da Associação dos Produtores de Milho e Soja (Aprosoja), Wellington Andrade.

Ele conta que a quantidade de mão de obra qualificada no agronegócio formada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Mato Grosso não é suficiente para atender à demanda.

Não é por acaso que o estudo da FGV sobre o mercado de trabalho no campo aponta que a soja foi a atividade do agronegócio que melhor remunerou os trabalhadores. No ano passado, a mão de obra empregada no cultivo do grão recebeu, em média, R$2.610,48 por mês, uma cifra 26% maior do que a remuneração média da população ocupada em todas as atividades no País (R$2.078) e acima do agronegócio como um todo (R$1.406).

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Andrade, da Aprosoja-MT, e o economista Renato Conchon, da CNA, concordam que a escassez de mão de obra qualificada no agronegócio tem pressionado os salários dentro da porteira.

Herlon Oliveira, CEO da Agrusdata, empresa especializada em projetos de lavouras digitais, vê, na prática, o gargalo de mão de obra qualificada no agronegócio e a valorização dos profissionais com conhecimento na interpretação de uma grande quantidade de dados, que é o coração da agricultura digital.  Ele explica que, com a agricultura digital, é possível cortar em até 9% o custo das lavouras, por conta do uso acertado dos dados na tomada de decisões. Mas a oferta de agrônomos digitais ainda é pequena.

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Adaptado do Estadão

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Ivan Formigoni

Zootecnista, Fundador do Farmnews e interessado em fornecer informações úteis aos nossos leitores!

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