Mercado

Comportamento de preço da carne bovina no varejo em meio a pandemia

Os efeitos negativos da COVID-19 afetaram, de fato, o preço da carne bovina no varejo?

Pois é, o consumo interno, ao contrário da exportação de carne bovina, é o mais ameaçado frente ao cenário adverso do coronavírus no País. Os hábitos de consumo mudam, com o fechamento do comércio e, claro, além das incertezas e a queda de renda pressionam a queda de demanda no curto prazo.

No Brasil a oferta de produto no mercado não foi afetado como nos Estados Unidos, maior consumidor de carne bovina do mundo. Vale lembrar que a produção de carne bovina dos Estados Unidos deve cair forte no 2° trimestre de 2020 em virtude dos efeitos da COVID-19. Clique aqui e saiba mais do assunto!

Para exemplificar o comportamento de preços da carne bovina no varejo, vamos utilizar os dados do IEA – Instituto de Economia Agrícola, para a capital paulista. No caso da picanha, o valor médio praicado em dezembro de 2019 foi de R$53,48/kg, valor 11,4% maior que o observado em abril de 2020 (R$48,0/kg). Na mesma base de comparação, o contrafilé caiu de R$39,0/kg para R$35,4/kg.

O interessante é perceber que os cortes cotados a preços mais acessíveis ao consumidor foram os que apresentaram alta ou preços mais estáveis entre dezembro de 2019 e abril de 2020. A costela, por exemplo, encerrou 2019 a R$17,61/kg e em abril o valor foi de R$17,78/kg. O mesmo aconteceu para o acém, com preço oscilando de R$22,4/kg a R$24,1/kg no período.

Mas vale destacar que apesar da queda de preço na parcial do ano, nos primeiros 4 meses, em relação ao mesmo período de 2019 o preço da carne bovina no varejo apresentou alta.

Isso porque em abril de 2020 o preço médio da picanha foi de R$48,0/kg e em abril de 2019 o valor foi de R$42,5/kg. No caso do contrafilé, o valor de 2019 foi de R$30,9/kg, menor que o de 2020, de R$35,4/kg. A cosela em 2019 foi comercializada, em média, a R$14,62/kg, valor muito abaixo do praticado em abril de 2020, de R$17,7/kg.

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O preço da arroba do boi gordo acumulou queda de 2,0% na primeira quinzena de maio e praticamente zerou o ganho em 2020 (clique aqui), mas segue coado a patamares cerca de 30% acima do observado no mesmo período de 2019.

E mudando de assunto, você sabe quais os setores do agro mais impactados pelo coronavírus? Clique aqui e descubra!

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Ivan Formigoni

Zootecnista, Fundador do Farmnews e interessado em fornecer informações úteis aos nossos leitores!

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