Você já ouviu falar de RNA de interferência ou apenas RNAi que começa a escalar comercialmente no Brasil e com resultados surpreendentes no campo?
Há algum tempo, nesta mesma coluna, apontei que uma das fronteiras mais promissoras da agricultura seria a nossa capacidade de “conversar” com os organismos em um nível molecular. Falei sobre o potencial do RNA mensageiro como uma futura ferramenta de precisão cirúrgica no campo. Hoje, esse futuro não está mais batendo à porta; ele já entrou.
O mercado está fervilhando com termos novos e sofisticados. Recentemente, me deparei com a tecnologia “Biogenômica” que a Agripon Brasil começa a escalar comercialmente no campo. A Biogenômica é uma plataforma inovadora que promete elevar a performance das soluções biológicas para outro patamar.
A Biogenômica é combinação de algumas soluções Biológicas modernas com uma tecnologia inovadora que modula genes e estimula a expressão de enzimas e proteínas de interesse agronômico. Não é transgenia ou edição gênica.
Os resultados de enraizamento, economia com uso defensivos químicos, melhoria da performance de controle de pragas e doenças e resultados de produtividade chamam atenção. Tecnologia que vem atender a demanda do consumidor e agricultor que visa uma agricultura regenerativa e um futuro mais sustentável do ponto de vista do ambiente, do solo e do homem.
O nome em si já é um sinal: a genética e a biologia molecular são o novo vocabulário da produtividade. E isso serve como o gancho perfeito para falarmos da revolução que está por vir: o RNA de Interferência (RNAi) ou RNA Mensageiro (RNAm)
Desvendando o RNAi: O “Interruptor” Molecular da Natureza
Imagine ter a capacidade de criar uma molécula que, ao ser aplicada na lavoura, é completamente inofensiva para as abelhas, para os inimigos naturais e para a própria planta, mas que, ao ser ingerida por uma lagarta ou percevejo específico, funciona como um “interruptor” que desliga um gene essencial para a sua sobrevivência. O inseto simplesmente para de se desenvolver e morre, sem a necessidade de um químico de amplo espectro.
Isso não é ficção científica. É a tecnologia do RNA de Interferência.
De forma simplificada, os cientistas mapeiam o genoma da praga, identificam um gene vital e criam uma molécula de RNA “espelho” em laboratório. Quando aplicada e ingerida, essa molécula ativa um mecanismo natural de defesa da própria praga contra ela mesma, silenciando o gene-alvo. É a arma perfeita: letal para o inimigo, inofensiva para todo o resto.
A Vanguarda Global e a Chegada ao Brasil
Enquanto o termo “Biogenômica” da Agripon Brasil representa um salto na performance dos biológicos e na ação expressão gênica, os verdadeiros produtos baseados em RNAi e RNAm já são uma realidade lá fora.
Empresas como a Greenlight Biosciences já comercializam defensivos em spray com essa tecnologia, e gigantes como Bayer e Syngenta investem bilhões para desenvolver seus próprios produtos, seja via modificação genética de plantas ou aplicações foliares.
Para o produtor brasileiro, isso significa o início de uma nova era no Manejo Integrado de Pragas (MIP). O RNA traz consigo promessas que até pouco tempo pareciam impossíveis:
- Hiper-seletividade: Controle do alvo sem afetar a biodiversidade benéfica.
- Novos Modos de Ação: Uma ferramenta poderosa contra pragas que já desenvolveram resistência aos químicos tradicionais. A Agripon Brasil promete atualizar suas formulações de Biogenômica anualmente para garantir melhorias contínuas e acompanhar a adaptações que possam ocorrer com relação às pragas e doenças.
- Sustentabilidade: Moléculas que se degradam rapidamente no ambiente, sem deixar resíduos.
Ainda que a “Biogenômica” da Agripon Brasil trilhe o caminho da potencialização biológica, o seu lançamento e o de outras tecnologias avançadas são o sintoma de uma mudança inevitável. O mercado está se sofisticando e buscando alternativas que amenizem os desafios do produtor.
A agricultura está, finalmente, passando da era da força bruta para a era da precisão molecular. A Agripon Brasil merece aplausos por inovar e empurrar as fronteiras do que os biológicos podem fazer. E nós, como setor, devemos nos preparar, pois a revolução silenciosa do RNA já começou. O futuro, como previmos, não é apenas promissor. Ele já é realidade.
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