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Confira a perda de grãos devido a falta de silo no País

A estimativa é que a falta de silo faz Brasil perder 34 milhões de toneladas de grãos por ano.

O Brasil perde, todos os anos, algo em torno de 34 milhões de toneladas de grãos por falta de uma estrutura adequada de armazenagem, em todas as etapas da cadeia produtiva.

O cálculo é do especialista em logística Renato Pavan, detalhado durante sua palestra no Seminário “Infraestrutura de Transportes e Logística: Visão dos Usuários”. O encontro foi promovido no dia 4 de dezembro, pela Abag, Abiove, Anut e Sindicom.

“O ponto mais crítico da falta de silo está nas fazendas, uma vez que hoje apenas 14% da produção agrícola brasileira é armazenada nelas, enquanto nos EUA esse percentual chega a 65%”, ressalta Pavan.

O especialista em logística afirma que isso gera ainda mais ineficiência na economia brasileira, já bastante prejudicada por causa dos elevados custos provocados pelas condições inadequadas das rodovias, ferrovias e portos.

“Hoje, o custo da tonelada de grãos transportada de Sorriso, no Mato Grosso, até o Porto de Santos (SP) é de 102 dólares, enquanto nos Estados Unidos não passa de 51 dólares, e na Argentina sai por 79 dólares”, informa Pavan.

Especificamente no caso da Argentina, Pavan chama a atenção para planos futuros daquele país em reduzir ainda mais seus custos logísticos para escoamento da safra de grãos.

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“Está em negociação, pelo governo argentino, a construção de uma ferrovia de 1,2 mil quilômetros ligando as regiões produtoras de grãos com os portos no Chile, que deve aumentar a competitividade dos grãos argentinos, além de facilitar o acesso aos mercados asiáticos, pela facilidade de navegação pelo Pacífico.”

A Argentina, se conseguir tirar isso tudo do papel e colocar em prática, “deve ultrapassar o Brasil em termos de ações para reduzir os custos logísticos, beneficiando sobretudo a sua produção de grãos”, afirma Pavan, salientando ainda que, como o mercado interno argentino é menor, sobram mais produtos para a exportação.

Cláudio Graeff, da Abag, resume que “hoje, sem dúvida nenhuma, a falta de silo é a principal deficiência da cadeia produtiva do agronegócio”.

Para Graeff, no entanto, é na armazenagem que também está a melhor possibilidade de equacionar esse problema: “Ao contrário da deficiência em rodovias, ferrovias e portos, que demanda elevados investimentos, no caso de armazém, a necessidade de recurso é menor e os investimentos podem ser feitos pelo próprio produtor rural”.

“Penso que essa saída é provisória, para atenuar o problema, enquanto não se resolve a forma de financiar os grandes empreendimentos de transportes”, pondera o executivo da Abag.

O Farmnews destaca para a estimativa da produção mundial e do consumo de milho na próxima safra (2017/18). Clique aqui e confira!

Adaptado de A Lavoura Online

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Ivan Formigoni

Zootecnista, Fundador do Farmnews e interessado em fornecer informações úteis aos nossos leitores!

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