O Foodnews atualiza seus leitores para o comportamento recente do preço da carne bovina no atacado paulista.
Como sabemos, a carne bovina é um importante componente de custo de bares e restaurantes e o empresário do setor deve ficar atendo a variação de preço deste insumo.
A Figura a seguir apresenta a variação acumulada no preço da carne bovina, representado pelo contra-filé e o acém, desde 2013.

Fonte: Dados do CEPEA/ESALQ e IEA (adaptado por Foodnews)
Os dados acima mostram que o contra-filé apresentou maior variação comparada ao acém, com alta de 70,4% desde abril de 2013, início desta série de preços.
Desse modo, podemos concluir que avaliando o comportamento de preço da carne bovina, o corte mais nobre apresentou uma alta maior que o corte de segunda, representado pelo acém (com alta de 48,7%).
O leitor pode se perguntar porque incluímos o preço do boi gordo na Figura. O objetivo foi de contribuir com a análise e mostrar como o preço da carne tem evoluído em relação ao boi gordo. Desse modo, vemos que o comportamento de alta do boi gordo (51,4%) está próxima do acém, mas abaixo do contra-filé.
O fato do acém estar pressionado, talvez releve uma maior competição com carnes concorrentes, como a carne de frango. Tradicionalmente os cortes menos nobres do boi competem com as carnes mais baratos e quando o preço do frango cai, aumenta a pressão negativa nos preços dos cortes como o acém.
O IGP-M acumula alta de 27,7% desde abril de 2013, ou seja, a alta no preço da carne bovina foi maior que a inflação.
O preço da carne bovina tem sido um problema no custo de bares e restaurantes, com alta muito superior a inflação!
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