O preço recebido pelo produtor equivale à menor parcela do valor final do produto comercializado pelo varejo.
E isso é um fato!
No geral, mesmo para produtos padronizados e embalados, a parcela do segmento produtivo de frutas, legumes e verduras (FLV’s) das culturas pesquisadas não ultrapassa os 50%.
O restante desse percentual é compartilhado com os agentes de comercialização da cadeia. Esse comportamento é comum em praticamente qualquer perfil da cadeia, não só do setor hortifrutícola.
A matéria-prima participa, hoje, com um baixo percentual quando se compara com toda a cadeia de valor gerada no processo de comercialização.
Um dos fatores que influencia nesta questão é o chamado “Custo Brasil”: o País é muito competitivo no campo, mas pouco na industrialização e logística, por conta dos altos custos e da baixa produtividade. Em parte, isso também afeta o setor de frutas e hortaliças frescas.
O transporte, de modo geral, apresenta custos muito elevados e aquém das necessidades – principalmente porque a logística predominante é, ainda, sem a cadeia do frio.
No entanto, a participação do produtor no valor final do produto ao consumidor é variável ao longo do ano, devido à sazonalidade de produção.
Ela sobe quando há falta de produto e se reduz quando há excesso de oferta. Além disso, quando o produto já é beneficiado, por exemplo, a participação do produtor no preço final se eleva.
Confira alguns exemplos de quanto o produtor fica em relação ao preço final dos produtos no varejo:
- cebola: 23%
- batata: 38%
- tomate: 35%
- banana: 51%
- laranja: 28%
- maça: 51%
- uva: 35%
De modo geral, os preços ao produtor oscilam mais do que no varejo (clique aqui e saiba mais). Uma das questões apresentadas no Foodnews é: o consumidor paga caro pelos hortifrútis no varejo e pouco nas roças? (clique aqui).
Adaptado de Hortifruti
Siga o Foodnews, o canal de notícias da gastronomia!