Confira as tendências do consumo de frutas e hortaliças e como o mercado de alimentos prontos tem crescido nos últimos anos.
Na Europa, as vendas de frutas e hortaliças em porções prontas para consumo tem crescido e deve seguir aumentando pelo menos até 2020, segundo relatório divulgado pela Nomisma, companhia italiana de estudos econômicos.
É a tendência da conveniência no consumo de frutas e hortaliças.
Porções individuais e vendas pela internet também estão aumentando. Os pioneiros nessa tendência foram Reino Unido e Holanda, mas cresce em muitos outros países da Europa, conforme tabela abaixo:
Var. 2010/15 | Var. 2015/20 | |
Reino Unido | 36% | 16% |
Espanha | 13% | 14% |
Itália | 11% | 10% |
Suiça | 10% | 45% |
Alemanha | 8% | 12% |
França | 6% | 9% |
Fonte: Euromonitor International |
Em geral, essa alta no consumo de frutas e hortaliças “convenientes” é resultado de investimentos em inovação no cultivo, na colheita e no processamento.
Podemos citar, nessa tendência, as frutas sem sementes, produtos fáceis de descascar e com vida de prateleira mais longa, embalagens com porções individuais e mix de frutas e hortaliças.
Na Itália, este mercado ultrapassou 770 milhões de euros em 2015, principalmente as hortaliças – as saladas embaladas representam 75% das compras de produtos hortícolas frescos prontos para o consumo.
As novas tendências para o mercado de frutas e hortaliças frescas ainda são produtos pautados em transparência: alimentos saudáveis, com responsabilidade corporativa (com certificações, rastreabilidade e garantia de qualidade) e conveniência.
O foco é facilitar o intercâmbio de informações ao longo da cadeia produtiva, aproximando produtores e consumidores e, ao mesmo tempo, promover a inovação de produtos, sobretudo de variedades.
Mas os consumidores estariam dispostos a pagar por isso?
Apesar da crise econômica e de produção de várias frutas e hortaliças em diversos países, pode-se dizer que nichos de mercado (com produtos de características exclusivas) ainda estão em alta. Isso porque, mesmo com maiores preços, o sabor e características exóticas são mais importantes. As empresas também devem se posicionar com marcas e embalagens diferenciadas.
Por Hortifruti Brasil, Cepea/Esalq.
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