Uma técnica simples e barata, que inclui o uso de embalagens de pizza, pode auxiliar no reflorestamento com um custo muito menor comparado aos métodos tradicionais.
Trata-se do uso de papelão, como as embalagens de pizza, para controle de plantas invasoras em ações de reflorestamento.
Esse método já utilizado em lavouras é novidade em ações de reflorestamento com espécies nativas. Nos projetos de recomposição florestal, a maior parte dos custos está associada ao controle de plantas daninhas que colocam em risco o crescimento e a sobrevivência das mudas.
O uso de herbicida é a mais comum na agricultura, mas é pouco utilizada no setor florestal com foco ambiental, principalmente porque são áreas próximas a recursos hídricos.
A técnica é simples e utiliza um disco ou placa de papelão, novo ou reutilizado, como as embalagens de pizza, para proteger a base das mudas de espécies florestais nos primeiros anos de plantio. A proteção faz com que as gramíneas, que exercem forte competição com as espécies de reflorestamento, não se desenvolvam.
Os experimentos no campo mostraram que, além de impedir o crescimento das gramíneas, o papelão aumenta a taxa de sobrevivência das mudas.
Embora aumente a sobrevivência das mudas em campo, o papelão não afeta o crescimento das plantas em relação ao tratamento manual.
Os primeiros experimentos de campo foram feitos com embalagens de pizza. O objetivo era avaliar a durabilidade em campo do papelão tratado com substâncias para retardar sua taxa de decomposição e, consequentemente, prolongar o efeito supressor das gramíneas.
Os resultados mostraram que, em condições de campo, o papelão apresenta eficiência de até mais de um ano se impregnado com uma solução à base de sulfato de cobre.
Ana Lucia Ferreira, Embrapa Agrobiologia – agrobiologia.imprensa@embrapa.br