As notícias não são nada boas para o mercado do salmão e aos apreciadores do peixe e amantes de sushi.
O mercado do salmão está agitado, já que fazendas de salmão enfrentam epidemia de piolhos do mar e nos EUA a importação do peixe virou crime por envolver negócios com a Coreia do Norte.
Um parasita minúsculo, crustáceo conhecido como piolho do mar, está cada vez mais grudado aos salmões criados em cativeiro, levando os peixes à morte ou tornando-os inadequados para o consumo humano.
Só em 2016, segundo o jornal britânico The Guardian, o preço internacional do salmão no atacado subiu 50%, enquanto a produção mundial encolheu 9%.
Para piorar o cenário do mercado do salmão, na semana passada o peixe róseo-avermelhado virou um caso de crime federal nos Estados Unidos.
Uma reportagem investigativa da Associated Press mostrou que parte do salmão que os americanos compram na rede Walmart, por exemplo, é produzida por norte-coreanos em regime de semiescravidão na China
Após a publicação da reportagem, o Walmart informou que proibiu os fornecedores de comprarem frutos do mar e salmão processados da fábrica de Hunchun. Cidadãos americanos que importem produtos feitos por norte-coreanos de qualquer parte do mundo estão sujeitos a responder por crime federal.
O Brasil não produz salmão, um peixe típico de águas frias, e para abastecer o mercado interno depende de trazer o pescado principalmente do Chile e de países como Canadá, Escócia e Noruega, todos enfrentando agora uma epidemia de parasitas nas fazendas de confinamento.
Os parasitas não são problema grave no habitat natural dos salmões, já que, quando o peixe sobe o rio para a desova, os piolhos morrem por não suportar a água doce. Mas nas fazendas de confinamento os piolhos encontram condições favoráveis para infestar os peixes e sugá-los até a morte.
A situação é menos problemática no Canadá, na costa do Pacífico, onde a população de salmões em cativeiro é pequena quando comparada aos peixes silvestres que migram todos os anos para o oceano.
Na criação de salmões no Chile e Noruega, não existe atualmente uma população de refúgio ou não tratada com remédios para manter o efeito de diluição que se observa no Canadá”, afirmou a pesquisadora.
Adaptado de Gazeta do Povo
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