Você sabe qual a expectativa do aumento da demanda mundial por água?

Pois é, muitas vezes concentramos a atenção nos alimentos, esquecendo da demanda mundial por água, recurso cada vez mais escasso!
Isso porque a demanda mundial por alimento está relacionado a uma maior demanda mundial por água e, com isso, o compromisso cada vez maior com uma produção sustentável. Claro, utilizamos água na produção de alimentos
De acordo com a ONU, a demanda mundial por alimentos vai crescer 70% até 2050, enquanto a demanda mundial por água vai aumentar cerca de 55% no mesmo período.
Os dois aspectos conferem ao Brasil grande responsabilidade, sobretudo em vista da Agenda 2030, estabelecida pela ONU em 2015.
A Agenda 2030 é um plano de ação contendo 17 objetivos integrados, com 169 metas que envolvem as 3 dimensões do desenvolvimento sustentável: econômica, social e ambiental.
Dentre os objetivos que é acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável, há várias metas relacionadas a manutenção dos sistemas de produção no longo prazo.
Mas há também outros objetivos, como de assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e o saneamento para todos, uma das metas é: até 2030, aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores, assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce, para enfrentar a escassez, e reduzir substancialmente o número de pessoas que sofrem com a escassez de água.
O fato é que boa parte da população brasileira conviveu por décadas com a ideia de que a água é abundante e nunca nos faltará.
No entanto, com o crescimento da população e da demanda, aliado a problemas de gestão da água e regime de chuvas variável, cada vez mais pessoas têm sentido os impactos da falta do recurso, em quantidade e qualidade que atenda a seus usos, seja para abastecimento humano seja para sistemas produtivos.
Nesse sentido, fica reforçada a necessidade e a importância de políticas públicas e de um bom planejamento do produtor rural que sejam voltados a investimentos em transferência de tecnologias, assistência técnica continuada e extensão rural.
Adaptado de Paula Mello, da FAEMG.
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