sexta-feira, dezembro 5, 2025

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Receio com tarifa dos EUA prevalece frente as vendas de carne bovina

Mesmo antes de entrar em vigor, o tarifaço já pressiona o mercado, que seguiu em queda apesar do ritmo razoável nas vendas de carne bovina.

Na entre 21 e 25 de julho as vendas no varejo seguiram em ritmo razoável, movimentando pontualmente o atacado. No entanto, esse avanço não foi suficiente para conter a pressão, devido às incertezas em torno da proximidade da data em que passa a valer a tarifa norte-americana sobre as exportações brasileiras.

Apesar da insegurança quanto ao futuro das exportações, o ritmo de embarque seguiu aumentando na parcial da terceira semana de julho e novo recorde de vendas para um mês de julho deve ser alcançado em 2025. Clique aqui e confira os dados!

Apesar das quedas nas cotações ao longo de julho, a margem de comercialização da indústria – desconsiderando os custos de produção – não retraiu. Até o momento, é a segunda maior do ano, atrás apenas da registrada em maio, reflexo do preço médio da arroba, atualmente no menor patamar de 2025.

No mercado de carne com osso, a cotação da carcaça casada do boi castrado caiu 3,5%, sendo negociada a R$19,55/kg. Já a carcaça do boi inteiro recuou 1,6%, comercializada a R$18,70/kg. O destaque foi o traseiro, com a carcaça do boi castrado recuando 5,5%, cotada em R$21,45/kg e a do boi inteiro, 2,7%, apregoada em R$19,65/kg.

A carcaça casada da vaca caiu 2,7%, sendo comercializada por R$17,90/kg, enquanto a da novilha teve retração de 2,4%, cotada a R$18,50/kg.

A média geral dos cortes do atacado desossado seguiu em queda, com retração de 1,0%. No traseiro, a cotação caiu 1,2%, com todos os cortes da categoria recuando pela segunda semana consecutiva – destaque para a picanha A, com queda de 4,3%.

Nos cortes do dianteiro, a média recuou 0,4%, com variações mais moderadas, comparadas às demais, sendo a maior queda a da paleta com músculo, de 1,1%.

No varejo paulista, a cotação média não mudou. No entanto, alguns cortes apresentaram variações, sendo a maior para a fraldinha, que caiu 3,0%, seguido da alcatra com maminha, que subiu 1,8%.

Nos demais estados monitorados, a cotação média caiu. Minas Gerais teve a maior retração, com queda de 1,0% na média de preços. Apesar da alta de 3,0% no cupim, cortes como a maminha (-5,0%), alcatra com maminha (-4,7%) e coxão duro (-4,3%), apresentaram recuos mais expressivos. No total, 11 cortes caíram, três ficaram estáveis e seis subiram.

Paraná e Rio de Janeiro registraram queda de 0,3% na cotação média dos cortes.  No Paraná, esse ajuste negativo foi reflexo da queda no preço da picanha (-4,4%) e do miolo de alcatra (-3,2%), que apresentaram variações mais expressivas em relação aos demais. Já no Rio de Janeiro, o destaque foi para o filé mignon sem cordão, que caiu 3,2% e, além disso, reflexo da queda de nove cortes ao todo, contra o aumento de quatro e estabilidade de oito.

No curto prazo, a tendência é de manutenção do cenário entre estabilidade e queda, diante do enfraquecimento nas vendas de carne bovina no final de mês e do aumento da pressão no mercado.

A Tabela apresenta os dados do preço médio dos cortes no atacado, em julho, média até o dia 25 e, a respectiva variação semanal, mensal e anual.

vendas de carne bovina

E mudando de assunto, você sabia que o estoque de carne bovina nos EUA segue em queda e em junho alcançou o menor patamar de 2025 e o mais baixo para o período do ano desde 2019. Clique aqui e confira!

O Farmnews inclusive apresentou os dados que mostram a dependência dos EUA da importação de carne bovina para atender a demanda doméstica do país (clique aqui) e igualmente os patamares recordes do preço do boi gordo como resultado da queda no rebanho (clique aqui).

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