Primeira semana do mês de agosto movimenta a venda de carne bovina, com recebimento dos salários e Dia dos Pais.
Na primeira semana de agosto, a venda de carne bovina seguiu em bom ritmo, impulsionada pelo recebimento dos salários e proximidade do Dia dos Pais. Esse cenário favoreceu a valorização dos preços em parte dos segmentos, com exceção do atacado de carne sem osso, que registrou queda.
No mercado atacadista de carne com osso, além do bom desempenho nas vendas, a alta na arroba do boi gordo nos últimos dias (clique aqui) contribuiu para o aumento nas cotações das carcaças casadas.
A carcaça casada do boi capão subiu 1,8%, sendo negociada a R$20,00/kg, enquanto a do boi inteiro teve alta de 0,5%, cotada em R$18,75/kg.
As carcaças dianteiras e da ponta de agulha (de boi inteiro e capão) permaneceram estáveis, enquanto as do traseiro registraram alta: a carcaça traseira do boi castrado aumentou 3,4%, negociada em R$22,70/kg, e a do boi inteiro 1,0%, apregoada em R$20,35/kg.
Para as fêmeas, a carcaça casada da vaca subiu 0,6%, fechando em R$18,25/kg, e a da novilha teve alta de 0,5%, cotada em R$18,75/kg.
No mercado de carne sem osso, esse movimento ainda não foi suficiente para reverter a desvalorização da maioria dos cortes e a média da cotação recuou 0,4% na semana.
Entre os cortes do traseiro, a média caiu 0,3%, com destaque para o patinho, que teve queda de 1,7%. Mas, diferente da semana anterior – quando apenas um corte apresentou alta – nesta semana, seis dos 16 cortes monitorados pela Scot Consultoria registraram alta, nove caíram e um ficou estável.
Para os cortes do dianteiro, o recuo foi de 0,8%, puxado pela queda generalizada, com destaque para o cupim, que cedeu 1,9%.
No varejo, a venda de carne bovina na primeira semana de agosto foi suficiente para sustentar as cotações na maioria dos estados, com exceção do Rio de Janeiro, onde houve queda.
Em São Paulo, apesar da maior variação ter sido negativa, registrada na picanha (-2,6%), 13 dos 21 cortes monitorados subiram e um ficou estável, resultando em alta na média de 0,3%.
Em Minas Gerais, a cotação média teve acréscimo de 0,2%. Oito cortes subiram, sete recuaram e seis não sofreram alterações. Os destaques foram a alcatra com maminha, que subiu 3,1% e a costela que teve alta de 2,8%.
No Paraná, pela segunda semana consecutiva, os preços apresentaram ajustes positivos. Nesta semana, 10 dos 21 cortes monitorados registraram alta, com destaque para o miolo de alcatra 2,8% e na alcatra completa 2,6%.
Já no Rio de Janeiro, o número de cortes que subiram, caíram ou ficaram estáveis foi o mesmo. Apesar da fraldinha ter se destacado com valorização de 3,8%, os demais cortes que subiram apresentaram variações mais modestas do que os que recuaram. Assim, a cotação média no estado caiu 0,1%. Para a próxima semana, a expectativa é de que o bom ritmo das vendas se mantenha, embora possa haver uma desaceleração com o fim do impulso gerado pela comemoração do Dia dos Pais e do aumento do preço da arroba do boi gordo.
A Tabela apresenta os dados do preço médio dos cortes no atacado na primeira semana de agosto e, a respectiva variação semanal, mensal e anual.

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