A deep tech brasileira que transforma ciência da biodiversidade em vantagem competitiva para o agro sustentável.
Tem sido fascinante compartilhar com os nossos leitores as inovações tecnológicas do agro em nossa coluna “Inovação” na Farmnews. Aliás, entre em contato conosco pelo contato@farmnews.com.br e apresente sua Agtech que tanto eu, Sydnei Regi, como Renato Seraphim, teremos o prazer em apresentá-la por aqui!
Queremos simplificar o entendimento dessas tecnologias e sermos replicadores dessas inovações, tornando a agricultura brasileira uma atividade cada vez mais produtiva, sustentável e rentável. Na vanguarda dessa inovação no agronegócio, destacam-se empresas que combinam conhecimento científico e soluções práticas para os desafios do campo. A cada semana, apresentamos aqui um exemplo dessas empresas, alinhadas com os princípios básicos de uma excelente Agtech:
O agronegócio nacional convive com pressões cada vez maiores para comprovar transparência ambiental, mitigar riscos climáticos e acessar mercados que exigem rastreabilidade livre de desmatamento. Nesse cenário, a Agtech Seleção Natural (SN) desponta como parceira estratégica ao unir big data ecológico, modelagem geoespacial e mais de uma década de pesquisa de campo para entregar planos corporativos de biodiversidade economicamente viáveis e tecnicamente robustos.
1. Propósito e posicionamento
Fundada em Piracicaba (SP), hub de inovação agrícola do País, a Seleção Natural “abre espaço para a biodiversidade” conectando academia, tecnologia e negócios. Inspirada no verdadeiro sentido da seleção natural — adaptação cooperativa, não competição pura — a empresa desenvolve métodos que aumentam a eficiência humana enquanto regeneram ecossistemas.
Residente no PwC AgTech Innovation e classificada como Agtech de impacto, a SN atua em três frentes:
- Consultoria ambiental full-stack — inventários, planos de manejo, PSA e diagnósticos ESG;
- Plataforma digital de Planos de Ação Corporativos em Biodiversidade — automação que elimina a dependência de expedições extensas de campo;
- Pesquisa & desenvolvimento — criação de protocolos e indicadores para monitoramento adaptativo.
2. Resultados que falam por si
| Indicador | Valor |
|---|---|
| Áreas protegidas planejadas | 4,49 milhões ha em 27 UCs |
| Inventários de biodiversidade | > 70 mil ha (Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica) |
| Registros no SIBBr | 5.739 espécimes |
| Horas de armadilhas fotográficas | 1,26 milhão |
| Espécies de vertebrados registradas | 92 |
| Artigos científicos de alto impacto | 24 (10 assinados pela equipe) |
Esses números mostram por que a Seleção Natural é referência em métricas de biodiversidade aplicadas à governança ESG.
3. Metodologia proprietária: ciência aplicada em seis passos
- Curadoria de dados ambientais – integração de bases públicas e coleções acadêmicas;
- Rede de apoio local – coleta participativa que reduz custos e engaja stakeholders;
- Recorte geográfico – definição de polígonos prioritários segundo risco e oportunidade;
- Seleção de alvos e bioindicadores – escolha de espécies-chave para monitoramento;
- Modelagem ambiental – algoritmos preditivos que simulam cenários de conservação;
- Plano de ação – roteiros operacionais que orientam restauração, monitoramento e comunicação de resultados.
A automatização dessa jornada numa plataforma web permite que fazendas, tradings, usinas de bioenergia e corporações florestais elaborem Planos de Biodiversidade em semanas, e não meses, com orçamento até 40 % menor que consultorias tradicionais.
4. Equipe multidisciplinar
A SN reúne PhDs em Zoologia, Ecologia Aplicada e Geociências, além de especialistas em SIG, restauração florestal e políticas públicas. Nomes como Andrezza Bellotto, Camila Cantagallo, João Giovanelli e Rodrigo Nobre acumulam trabalhos para ICMBio, FUNBIO, GIZ, PNUD e WWF Brasil, conferindo credibilidade internacional aos projetos entregues.
5. Projetos emblemáticos
- Planos de Manejo Participativo em 12 Reservas Extrativistas da Amazônia;
- Programa de Conservação da Biodiversidade para a Fazenda Monte Belo (Louis Dreyfus);
- Diagnóstico de adaptabilidade ao Código Florestal para usinas Copersucar;
- Avaliação de riscos de espécies invasoras para o projeto Pró-Espécies (WWF/MMA).
Esses cases demonstram a capacidade da Seleção Natural de operar desde a escala de áreas protegidas públicas até propriedades privadas inseridas em cadeias globais de commodities.
6. Sinergia com as agendas ESG e TNFD
Com a regulamentação europeia de cadeias livres de desmatamento (EUDR) e a emergência do Taskforce on Nature-related Financial Disclosures (TNFD), empresas correm para quantificar e reportar dependências e impactos sobre capital natural. A Seleção Natural entrega:
- Materialidade de biodiversidade alinhada às métricas CORE/LEAP-TNFD;
- Rotas de restauração compatíveis com critérios de crédito de carbono e PSA;
- Dados auditáveis que suportam certificações (RTRS, Rainforest Alliance, FSC).
O resultado é acesso a mercados premium, redução de risco regulatório e atração de capital verde.
7. Tecnologia: onde a ecologia encontra o machine learning
A plataforma SN combina:
- Satélites de alta resolução (PlanetScope, Sentinel-2) para análise de cobertura;
- IA para reconhecimento de espécies em armadilhas fotográficas;
- Modelos preditivos de distribuição que antecipam impacto de mudanças climáticas;
- APIs abertas para integração com ERPs agrícolas e MRV de carbono.
Esses recursos colocam a Seleção Natural no grupo das NatureTechs que transformam conservação em inteligência de negócios.
8. Por que importa ao leitor do Farmnews?
- Produtor rural — acessa roteiros de restauração que elevam produtividade (serviços ecossistêmicos) e abrem portas a financiamentos verdes.
- Cooperativas e tradings — ganham inteligência territorial para estratégias de compras responsáveis.
- Investidores — contam com dados mensuráveis para precificar risco de biodiversidade em portfólios agro.
Em um mercado em que conservação deixou de ser custo para se tornar vantagem competitiva, ou seja, um indicador de competitividade, a Seleção Natural oferece a ponte entre métricas científicas e retorno financeiro.
A disrupção como propósito
Agtechs que geram impacto socioambiental mensurável são peças-chave na próxima onda de crescimento do agro brasileiro. A Seleção Natural mostra que é possível alinhar produção, lucro e biodiversidade usando tecnologia de ponta e rigor científico. Para quem acompanha o Farmnews e busca vantagens em mercados cada vez mais exigentes, vale colocar essa deep tech no radar — antes que ela se torne o novo padrão mínimo de compliance ambiental na cadeia produtiva.
Contato: contato@selecaonatural.net | www.selecaonatural.net
E mudando de assunto, você sabia que a compra de terras agrícolas no Brasil pela China vem acontecendo de modo silencioso e já acende sinal de alerta entre produtores, juristas e especialistas em soberania territorial. Clique aqui e confira!
O Farmnews agora tem uma Comunidade! Mais recursos e organização para interagir de modo seguro com nossos leitores! Clique aqui e faça parte!
