O abate de vacas e novilhas nos primeiros 3 meses de 2025 alcançou valores históricos.

O abate oficial de bovinos no Brasil no 1º trimestre foi recorde para o período do ano (Tabela), impulsionado pelo forte aumento do abate de vacas e novilhas. Aliás, nunca foram abatidas tantas fêmeas como nos primeiros 3 meses de 2025.

Isso porque entre janeiro e março de 2025 foram abatidos 4,85 milhões de vacas e novilhas no Brasil (dados oficiais), o que representa, além do maior valor trimestral da história, um crescimento de 11,9% frente ao 1º trimestre de 2024 (recorde anterior para o período do ano).

A Tabela apresenta os dados de abate oficial de bovinos no Brasil no 1º trimestre, entre os anos de 2010 e 2025, segundo dados do IBGE-SIDRA.

O abate de vacas e novilhas aumentou pelo quarto ano consecutivo no 1º trimestre, em 2025, reforçando a expectativa de redução na oferta de animais para reposição e, futuramente, de animais prontos para o abate. Aliás, o Farmnews tem destacado para o comportamento do preço corrigido do bezerro em 2025, indicando um movimento de valorização que ainda está em seu início. Clique aqui e saiba mais!

O fato é que o abate oficial de fêmeas superou a máxima trimestral nos primeiros 3 meses de 2025, alcançando valores muito acima do praticado nos anos anteriores (segunda Figura).

A Figura a seguir apresenta a evolução do abate oficial de fêmeas (vacas e novilhas) no Brasil, em milhões de cabeças, entre o 1º trimestre de 2015 e o 1º trimestre de 2025, segundo dados do IBGE-SIDRA.

A alta no abate de vacas e novilhas resultou no aumento da taxa de abate de fêmeas que alcançou recorde, muito próximo de 50,0%, como mostram os dados da segunda Figura.

O comportamento de preço do bezerro (clique aqui) e do boi gordo (clique aqui) sinalizam que o movimento de alta do ciclo pecuário de longo prazo já está começando, o que deve refletir na menor intenção do abate de fêmeas, especialmente ao longo da segunda metade de 2025. Contudo, é importante destacar que, quanto maior o ritmo de abate de fêmeas, maior tende a ser a valorização dos preços no mercado pecuário como um todo.

A Figura mostra os dados da taxa oficial trimestral de abate de fêmeas (vacas e novilhas), em relação ao total de bovinos abatidos no Brasil, desde o 1º trimestre de 1997, segundo dados do IBGE.

A taxa de abate de vacas e novilhas em relação ao total oficial de bovinos abatidos no Brasil no 1º trimestre de 2025 foi de 49,2%, novo recorde trimestral.

O preço do boi gordo mostrou recuperação no início de junho (clique aqui), embora ainda acumule queda frente ao valor que encerrou 2024. A expectativa é de valorização, como os dados do mercado futuro indicam (clique aqui) e o cenário esperado de oferta (mais enxuto) e uma demanda por carne bovina mais aquecida, tanto externa (clique aqui) como interna, também sugerem.

A exportação de bovinos vivos do Brasil em maio de 2025 somou o equivalente a US$104,82 milhões, novo recorde para o período do ano e mais que o dobro do valor praticado em maio de 2024 (US$46,83 milhões). Clique aqui e confira os dados!

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