O preço futuro do boi gordo para vencimento em dezembro acumulou o quarto pregão consecutivo de queda, abaixo de R$320,0 por arroba
O contrato para vencimento em dezembro de 2025 acumulou a maior perda em novembro (17) e, além de precificar queda frente a referência no físico (Datagro) desde novembro (10), pela primeira vez foi cotado abaixo de R$320,0 por arroba (primeira Figura).
A Figura ilustra a evolução diária do preço esperado do boi gordo para dezembro de 2025 (valor de ajuste), em Reais por arroba, segundo dados da B3.

O fato é que o mercado físico do boi gordo também iniciou a segunda parte de novembro mais pressionado, embora ainda acumule alta na parcial do mês quando comparado ao último preço praticado em outubro.
Isso porque entre o final de outubro e a parcial de novembro (17), o indicador Datagro subiu 0,3%, cotado a R$320,3 por arroba. No mesmo intervalo de tempo o contrato para vencimento em dezembro caiu 5,4%, cotado a R$316,3 por arroba, ou seja, precificando uma queda de R$4,0 por arroba frente a referência no físico.
O preço futuro do boi gordo despencou desde o final de outubro, acumulando perda de quase R$20,0 por arroba para o vencimento em dezembro ao longo da primeira metade do mês.
O interessante é observar que a maior pressão de queda no mercado futuro do boi gordo acontece justamente para os vencimentos mais próximos (novembro e dezembro), com os valores a partir de janeiro de 2026 precificado acima da referência no físico (terceira Figura).
A Figura abaixo apresenta dados de preço do boi gordo no mercado físico (Datagro) e dos contratos futuros, segundo B3, entre novembro de 2025 e maio de 2026, em Reais por arroba, no dia 17 novembro, considerando os valores do ajuste.

Os dados parciais de exportação de carne bovina do Brasil na parcial de novembro, até a segunda semana do mês (10 dias úteis) seguem acima da média diária de embarque observada em novembro de 2024, reforçando a expectativa de novo recorde para um mês de novembro, em 2025. Clique aqui e confira os dados!
Ainda que exista uma maior pressão de queda no mercado físico, os valores do boi gordo se mantêm relativamente estáveis. E uma maior pressão de queda nas cotações deve perder força diante da expectativa de uma demanda mais aquecida no mercado interno, além da exportação de carne bovina em alta. Pelo menos essa é nossa opinião. A especulação de que algumas indústrias poderem anunciar férias coletivas também contribui para manter o mercado mais volátil.
O número de contratos futuros do boi gordo em aberto na B3 despencou em novembro (clique aqui), o que também pode ser creditado o receio do investidor, especialmente Pessoa Física, diante da volatilidade. E algo que não é bom para o mercado como um todo e merece atenção!
O Farmnews comparou o preço do boi gordo, bezerro, milho e soja nos meses de novembro, entre 2018 e a primeira quinzena de 2025, tanto em moeda nacional (clique aqui) como em moeda americana (clique aqui).
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