Ainda mais pressionados pelo avanço da colheita da segunda safra, os preços do milho caíram para os menores patamares do ano em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea.
A demanda está muito inferior à oferta, que é recorde, o que fundamenta a posição retraída de compradores e a queda nos preços do milho.
A intensidade dos recuos tem preocupado produtores, já que, em algumas regiões, os valores estão abaixo dos custos de produção desta safra.
O lado positivo fica para o mercado de exportação de milho do Brasil em junho de 2017 (clique aqui), que mostra forte recuperação.
No entanto, a média do mês, de R$ 26,75 por saca, é a menor, em termos reais (deflacionados com o IGP-DI de maio/2017), desde julho de 2015, quando foi de R$ 25,99 por saca
O comportamento de preços do milho em 2017, segundo indicador Cepea/Esalq, pode ser visualizado pela Figura abaixo.

Ao longo de 2017, do início do ano até o dia 05 de julho, os preços do milho acumulam queda de 30,6%. No dia 23 de janeiro de 2017 o milho era cotado a R$38,50 por saca e no dia 5 de julho o valor era de R$26,70 por saca.
No caso da soja, embora os preços do grão tenham caído no mercado brasileiro na segunda quinzena de junho, a média do mês não foi muito inferior à de maio.
Conforme pesquisadores do Cepea, a valorização do dólar frente ao Real manteve produtores retraídos, com expectativa de maior receita com a venda do grão no segundo semestre.
Compradores também estão recuados, à espera de maior oferta com a entrada da segunda safra de milho e a consequente necessidade de liberar espaço nos armazéns para o cereal.
A Figura a seguir apresenta o comportamento diário dos preços da soja, segundo Cepea/Esalq.

Em junho, o Indicador Cepea/Esalq teve média de R$ 63,59/saca de 60 kg, ligeira baixa de 0,7% em relação à de maio.
No acumulado do ano (até 5 de julho), a queda no preço da soja é de apenas 6,4%.
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