A corrida global por soberania alimentar já começou. No desafio de alimentar o planeta entra em cena o jogo de poder e estabilidade geopolítica.
No clássico “A Arte da Guerra”, o general chinês Sun Tzu ensina que a vitória suprema não exige o combate, ela se alcança por estratégia, influência e antecipação. Trazendo para o cenário real, onde as batalhas se travam com sanções e diplomacia, o Brasil se vê em uma guerra silenciosa que ameaça seu setor mais vital, o agronegócio.
A recente aplicação da Lei Magnitsky Global a um dos ministros do Supremo Tribunal Federal transcende a esfera jurídica e acende alertas diplomáticos e comerciais. Trata-se de uso da legislação como instrumento de pressão geopolítica, sinalizando que as relações entre o Brasil e outras democracias estão sob tensão crescente.
Criada para punir violadores de direitos humanos e práticas de corrupção, a Lei Magnitsky é aplicada a indivíduos, mas os efeitos se espalham por toda uma nação, sobretudo quando esse país e signatário de tratados internacionais como o Pacto de San José da Costa Rica, o qual o Brasil faz parte, que exige a preservação das liberdades e garantias democráticas. Ao violar esses compromissos, o Brasil passa a ser visto como um Estado sob regime abusivo, o que afeta não apenas sua imagem, mas sua economia.
As implicações são profundas, a Europa já avalia aplicar sanções semelhantes, e os Estados Unidos anunciaram a maior taxação de importação já imposta ao Brasil, 50% sobre diversos produtos. E quem mais sentirá esse impacto? Todos nós obviamente, mas quando falamos de seguimentos, considero que o agronegócio será um dos mais afetados, por se tratar de um setor produtivo, internacionalizado e competitivo.
O Agro como peça-chave no xadrez global
A corrida global por soberania alimentar já começou. Com a população mundial projetada para ultrapassar os 9 bilhões de pessoas até 2050, alimentar o planeta será questão de poder e estabilidade geopolítica.
E o Brasil é peça central nesse tabuleiro, temos capacidade real de aumentar nossa produção de forma sustentável, com tecnologia de ponta e compromisso com florestas em pé. Enquanto Estados Unidos, China e Índia correm por terras férteis, tecnologias agrícolas e alianças comerciais, o mundo observa quem será o líder da segurança alimentar global. Mas essa guerra não se trava com mísseis, ela é feita com pressões regulatórias, barreiras comerciais e sanções silenciosas, e é por isso que o agro se torna um alvo sensível.
O Brasil na encruzilhada: entre soberania e isolamento
As sanções não foram apenas contra o governo, elas foram contra o setor mais globalizado e diplomático que temos. Retaliações comerciais como essas são um duro golpe para cadeias produtivas, prejudicando contratos, acesso a mercados, imagem internacional e empregos diretos e indiretos.
E o risco não é apenas econômico, é geopolítico. Com o Brasil sendo associado a regimes autoritários, acordos multilaterais se enfraquecem, parcerias internacionais se desgastam e novas barreiras poderão surgir.
Mais do que nunca, o Brasil precisa jogar com sabedoria, pois como coloca Sun Tzu: “A sobrevivência depende da inteligência de reconhecer os verdadeiros aliados e não subestimar os riscos disfarçados de neutralidade.”
Manter relações sólidas com democracias, como os Estados Unidos, não é submissão, é pragmatismo estratégico. Afinal, ambos os países são candidatos naturais à liderança alimentar do século XXI. Entrar em confronto com quem compartilha da mesma missão apenas enfraquece nossa posição e abre espaço para potências como a China avançarem sobre nosso território, nossa tecnologia e nossa soberania produtiva, e mais um insight do livro A Arte da Guerra: “Mantenha seus amigos por perto, e seus “inimigos” (concorrentes) mais perto ainda.”
Soberania alimentar: o novo poder silencioso
No século XXI, quem produz alimentos em larga escala, com segurança e sustentabilidade, garante a paz global, quem tem um ouro verde sobre suas terras, abaixo delas minerais raros e abundância em água em seu território, comanda o jogo. A reunião próspera desses recursos é a nova arma estratégica na geopolítica, e o Brasil não pode ser refém de conflitos institucionais, erros diplomáticos e ter sob seu comando líderes impositivos e inábeis.
É preciso menos ideologia e mais estratégia. O agro precisa de estabilidade, acesso a mercados, respeito a tratados e previsibilidade institucional. A guerra já está em curso, mas não é com armas, e sim com reputação, alianças e visão de longo prazo.
E como ensinou Sun Tzu: “Na guerra, o importante não é vencer todas as batalhas, mas saber quais batalhas devem ser evitadas.” – Evitar o isolamento diplomático é, neste momento, a batalha que o Brasil precisa vencer sem lutar.
E mudando o assunto, vale lembrar que a compra de terras agrícolas no Brasil pela China vem acontecendo de modo silencioso e já acende sinal de alerta entre produtores, juristas e especialistas em soberania territorial. Clique aqui e relembre!
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