A estatal chinesa Sinomach Digital Technology Corporation assinou um acordo com o MST. E o que está por trás desse movimento feito fora dos trilhos Institucionais?
Vale lembrar que a compra de terras agrícolas no Brasil pela China vem acontecendo de modo silencioso e já acende sinal de alerta entre produtores, juristas e especialistas em soberania territorial. Clique aqui e relembre!
No final da primeira metade de julho, um movimento aparentemente técnico revelou-se uma peça central de um xadrez geopolítico cada vez mais explícito e perigoso no campo brasileiro. A estatal chinesa Sinomach Digital Technology Corporation assinou um acordo com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), por meio da cooperativa Unicrab, uma vez que esse movimento não tem CNPJ ativo, a Prefeitura de Maricá (RJ), e a empresa OZ.Earth, para fornecer tratores, drones, sensores e tecnologia de agricultura digital em territórios agrícolas de reforma agrária no Brasil.
Além da entrega de equipamentos, o plano prevê instalação de fábricas no território nacional e intercâmbio técnico com instituições chinesas ligadas ao Partido Comunista. O projeto, segundo os envolvidos, visa impulsionar a produção agroecológica e a agricultura familiar.
No entanto, por trás da retórica de cooperação, esconde-se um movimento mais profundo e perigoso, a entrada da China em áreas estratégicas do território brasileiro, fora do controle direto do Estado e com acesso a dados sensíveis sobre nosso solo, clima e cadeia produtiva.
Um acordo fora dos trilhos institucionais
O memorando foi assinado no dia 11 de julho de 2025, em Brasília, sem participação do governo federal, sem aval do Congresso e sem transparência sobre os termos da negociação. A Sinomach é uma das maiores empresas de engenharia da China e atua com forte apoio político do Partido Comunista Chinês, sendo utilizada como ponte internacional de influência.
O MST, por sua vez, é um “movimento social” que não possui status legal como entidade representativa de Estado. Seu histórico inclui invasões de propriedades produtivas com o uso de violência, sabotagens em centros de pesquisa agropecuária, resistência à titulação fundiária.
A equação é preocupante, um agente estrangeiro poderoso firmando acordos com um movimento interno que atua, muitas vezes, à margem da legalidade, e com acesso privilegiado a terras, maquinário e dados agrícolas.
A China não vai parar no trator
Esse episódio não é isolado. Não digerimos ainda os acordos sobre a abertura do governo brasileiro à exploração de minérios e terras raras por empresas chinesas, com tratativas ocorrendo em sigilo e fora dos canais diplomáticos tradicionais. A imprensa e o Congresso ainda aguardam esclarecimentos sobre os termos e impactos desses acordos.
Minérios estratégicos, como nióbio, lítio e terras raras, são fundamentais para indústrias de tecnologia, defesa e energia. E a China, que já domina mais de 90% da cadeia global de terras raras, agora avança sobre as reservas brasileiras, enquanto firma parcerias com agentes não estatais em território nacional.
O agro formal paga a conta
Enquanto isso, o produtor rural regular aquele que gera emprego, paga impostos, respeita o Código Florestal e sustenta a balança comercial brasileira, assiste à entrada massiva de maquinário chinês sem licitação, sem isonomia e sem critérios de rastreabilidade ou compliance.
É justo que um assentamento vinculado ao MST receba tratores e drones de última geração enquanto milhares de produtores legais, enfrentem burocracia, crédito rural escasso, juros altos e exigências de adequações ao ESG rigorosas?
Essa distorção compromete não apenas a competitividade do agro, mas também a segurança nacional e a soberania sobre recursos estratégicos.
O Brasil precisa escolher de que lado está
A entrada da China no campo brasileiro não pode continuar acontecendo sem controle, sem debate público e sem salvaguardas para o interesse nacional. O agronegócio brasileiro não é apenas um setor produtivo, é a base da nossa economia, da nossa alimentação e da nossa presença global.
Tecnologia é bem-vinda. Cooperação internacional, também. Mas é preciso garantir:
- Transparência nos acordos firmados;
- Isonomia entre produtores legais e assentamentos;
- Controle sobre dados e recursos naturais;
- Defesa da soberania agrícola e territorial brasileira.
Se o Brasil deseja de fato liderar a agricultura do futuro, precisa colocar todos os seus produtores, pequenos, médios e grandes, no centro da política pública, e não nas margens do jogo geopolítico desse governo.
Nós não deixaremos isso acontecer!
E você sabia que a COP30 escancara uma crise de identidade do ASG no Brasil, enquanto o produtor rural, a população de baixa renda e a floresta seguem como meros figurantes no espetáculo global? Clique aqui e saiba mais!
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