O Farmnews apresenta os dados do impacto do tarifaço nas exportações do agronegócio do Brasil para os EUA.
Afinal, com a tarifa adicional de 40,0% sobre os produtos exportados do Brasil para os EUA a partir de agosto, qual foi impacto nas vendas do agro brasileiro?
Vale destacar que no acumulado de 2025, até agosto, o Brasil exportou o equivalente a US$116,69 bilhões em produtos do agronegócio, valor muito próximo do que foi observado no mesmo período de 2024 (US$116,66 bilhões). Os EUA compraram cerca de 7,6% do total exportado pelo agronegócio entre janeiro e agosto de 2025, participação acima daquela observada em 2024, quando o país importou 6,6% do valor total comercializado pelo agro brasileiro no mercado internacional.
A China e os países da UE são os principais importadores de produtos do agronegócio do Brasil, nessa ordem, logo à frente dos EUA. Em 2025, até agosto, a China foi responsável por quase 35,0% das vendas, em faturamento, do agronegócio brasileiro, enquanto na mesma base de comparação, a UE participou com 14,5%.
A Tabela apresenta a compra dos principais produtos do agro do Brasil pelos EUA, em milhões de dólares, entre janeiro e agosto de 2025, segundo dados da COMEX.
Os dados do impacto do tarifaço nas vendas do agronegócio do Brasil para os EUA mostraram perdas significativas em agosto (Tabela acima).
O interessante é observar que todos entre os principais produtos do agro do Brasil exportados para os EUA foram significativamente afetados pelo tarifaço, com destaque aos produtos do complexo sucroalcooleiro, carnes, florestais e sucos (Tabela acima)
Em agosto, a compra de produtos do agronegócio do Brasil pelos EUA caiu 27,7% e no menor patamar do ano até aquele momento. No entanto, quando avaliamos o acumulado parcial de 2025, os EUA seguem acumulando alta, até agosto, frente ao mesmo período dos anos anteriores (segunda Tabela).
A Tabela apresenta a compra dos principais produtos do agro do Brasil pelos EUA, em milhões de dólares, no acumulado entre janeiro e agosto, de 2016 a 2025, segundo dados da COMEX.
No acumulado dos últimos 10 anos, ou seja, entre 2016 e 2025, a compra de produtos do agronegócio do Brasil pelos EUA, avaliado até agosto de cada ano, mais que dobrou. Isso reforça a importância dos EUA para o agro do País.
No entanto, no caso da carne bovina, por exemplo, as vendas seguem renovando as máximas históricas, tanto em agosto (clique aqui) como em setembro. Isso porque os dados parciais mostram que novo recorde em um mês de setembro deva ser alcançado em 2025 (clique aqui).
É importante destacar nesse contexto que o consumo mundial de carne bovina tem crescido acima da capacidade de produção, diminuindo o saldo de estoque ano após ano. Clique aqui e confira!
A carne bovina do Brasil nunca foi tão disputada no mercado internacional, especialmente pela China (clique aqui), mas também entre países como o México (clique aqui) e Rússia (clique aqui), enquanto novos mercados estão surgindo como a Indonésia (clique aqui), Vietnã e em eminência do Japão.
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