A importação de carne bovina brasileira pela China alcançou patamares recordes em 2025 e a expectativa é de demanda firme em 2026.
O ano de 2025 foi histórico para a exportação de carne bovina brasileira, com forte crescimento frente aos anos anteriores. Clique aqui e confira os dados acumulados de venda de carne bovina do Brasil entre janeiro e novembro, de 2015 a 2025.
A exportação total de carne bovina in natura do Brasil, entre produto congelado e fresco, somou o equivalente a US$14,90 bilhões no acumulado de 2025, até novembro, valor quase 40,0% acima do recorde anterior, de 2024 (US$10,65 bilhões).
O embarque em novembro de 2025 somou 176,40 mil toneladas métricas, valor 43,4% acima do observado em novembro de 2024 (123,00 mil toneladas).
E esses patamares recordes de exportação aconteceu, principalmente, pelo aumento das vendas do maior comprador de carne bovina do Brasil no ano, a China, como mostram os dados das Tabelas abaixo.
A Tabela apresenta dados de exportação de carne bovina in natura do Brasil para a China nos meses de novembro, entre 2015 e 2025, segundo dados da COMEX.

A exportação de carne bovina do Brasil para a China subiu 66,5% em receita e 43,4% em embarque em novembro de 2025 quando comparado ao mesmo período de 2024.
Quando comparado a novembro de 2015, o crescimento é de mais de 10 vezes, em faturamento, o que reforça a importância do país asiático no mercado de exportação de carne bovina do Brasil. E essa demanda deve seguir firme em 2026.
No entanto, é importante destacar que o aumento das compras chineses em 2025, no acumulado parcial do ano, foi muito maior daquele observado nos meses de novembro apenas. Isso porque entre janeiro e novembro de 2025 os chineses importaram o equivalente a US$8,02 bilhões em carne bovina brasileira, valor mais de 20 vezes acima do observado no mesmo período de 2015, quando as compras somaram 387,64 milhões.
Em 2025, até novembro, a importação de carne bovina brasileira pela China foi de 1,49 milhão de toneladas métricas, valor 24,0% acima do recorde anterior para o período do ano, de 2024 (1,20 milhão de toneladas).
O preço médio da carne bovina do Brasil exportada para a China, em 2025, de US$5,35 por kg (até novembro) apesar da alta frente a 2024 (US$4,48 por kg), ficou abaixo do valor praticado no mesmo período dos anos de 2021 e 2022)
A Tabela apresenta dados de exportação de carne bovina in natura do Brasil para a China no acumulado de janeiro a novembro, entre 2015 e 2025, segundo dados da COMEX.

O importante é observar que apesar do recorde de vendas para a China, a participação do País asiático no total embarcado de carne bovina do Brasil, em 2025, segue abaixo dos patamares observados em 2022 e 2023, quando inclusive ficou acima de 60,0% (terceira Figura).
Isso mostra que embora o ritmo de compra chinesa siga aumentando, a importância do país asiático tem se mantido relativamente estável, já outros países têm igualmente aumentado a importação de carne bovina do Brasil.
A carne bovina do Brasil tem sido cada vez mais disputada no mercado internacional, não apenas pela China, de longe nosso maior cliente. Além do país asiático, os EUA (clique aqui), a Rússia (clique aqui) entre outros, tem aumentado o ritmo de compra em 2025, assim como nossos vizinhos, emboa em patamares muito mais modestos de compra, como a Argentina (clique aqui), o Paraguai (clique aqui) e o próprio Uruguai (clique aqui) e isso merece atenção, pois a carne bovina brasileira está mais competitiva no mercado internacional.
A Figura apresenta a participação chinesa na exportação de carne bovina do Brasil, avaliado pelo ritmo de embarque, no acumulado até novembro, entre 2015 e 2025, segundo dados da COMEX.

A demanda chinesa por carne bovina em 2026 deve seguir próxima do recorde de 2025, influenciando pela leve queda, tanto no consumo como na produção de carne bovina do país! É esperado uma leve queda no consumo de carne bovina na China. Aliás, a queda no consumo deve ficar muito próxima da expectativa de queda na produção de carne bovina, o que tende a manter estável a necessidade de importação do país para atender a demanda doméstica. Clique aqui e saiba mais!
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