Vendas fracas persistem e limitam a recuperação de preços da carne bovina no atacado no início de julho.
A virada do mês ainda não foi o suficiente para impulsionar as vendas, e os preços perderam fôlego para continuar reagindo.
Após uma semana atípica, marcada por alta em todos os setores, o mercado apresentou recuo em alguns segmentos nesta semana. Esse movimento foi impulsionado pela lentidão nas vendas, cenário já observado anteriormente, mas que ainda não havia se refletido nos preços.
No atacado de carne com osso, houve queda nas cotações de todas as categorias. A carcaça de boi castrado teve redução de 1,2%, sendo negociada em R$21,25/kg. Já a do boi inteiro caiu 2,5%, cotada em R$19,75/kg. Entre as fêmeas, a vaca teve retração de 3,3%, com preço de R$19,00/kg, enquanto a novilha recuou 1,5%, para R$19,65/kg.
No mercado atacadista de carne sem osso, a média geral apresentou alta de 0,2%, puxada pelos cortes do traseiro, cuja valorização média foi de 0,3%. Apesar de alguns cortes estarem em queda, a maioria ainda registrou ajustes positivos. Em contrapartida, os cortes do dianteiro tiveram redução média de 0,2%, influenciada principalmente pela queda de 1,5% no preço do lombinho.
No setor do varejo, em São Paulo, após a valorização da semana anterior, os preços médios permaneceram estáveis. O destaque ficou por conta da paleta, que subiu 3,3%.
O Paraná foi o único estado monitorado a apresentar queda na cotação média, com retração de 0,3%. As maiores quedas ocorreram no filé mignon com cordão (-4,9%), seguido pelo contrafilé (-4,6%) e pela picanha (-4,4%).
Já Minas Gerais e Rio de Janeiro apresentaram alta de 0,1% na média de preços. Em ambos os estados, as maiores variações foram positivas, sendo para a picanha maturada em Minas Gerais, de 3,1% e para o acém no Rio de Janeiro, de 3,4%.
A expectativa no curto prazo é de melhora nas vendas, após um mês variando em ritmo lento a lateralizado. Com o início de julho e o pagamento dos salários, espera-se que o mercado ganhe fôlego, abrindo espaço para novos reajustes nos preços da carne bovina no atacado.
Relação de troca no mês de junho
No encerramento do mês, o dianteiro avulso ficou cotado a R$17,40/kg, com alta de 4,5% ou R$0,75/kg no mês. A cotação do frango médio especial*, apesar das oscilações ao longo do mês, fechou com queda de 0,3%, ou R$0,02/kg, negociado em R$6,90/kg. Com isso, a relação de troca entre o dianteiro avulso e o frango piorou 4,8%, passando de 2,41kg para 2,52kg – ou seja, com 1,0kg de dianteiro, é possível adquirir mais frango do que no mês anterior.
Para o suíno especial**, a cotação subiu 5,8% no mês, cotado em R$12,80/kg.
A relação de troca entre a carne bovina (dianteiro) e a suína teve melhora de 1,2%, passando de 1,38kg para 1,36kg – indicando leve redução na quantidade de carne suína comprada com 1kg de dianteiro.
*Ave que leva em consideração o peso médio da linhagem para um lote misto, com rendimento de carcaça estimado em 74,0%.
**Animal abatido, sem vísceras, patas, rabo e gargantilha.
A Tabela a seguir apresenta os dados do preço dos cortes de carne bovina no atacado no início de julho.

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