quinta-feira, dezembro 18, 2025

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Consumo mundial de carne bovina e por país: expectativa para 2026

O consumo mundial de carne bovina deve cair em 2026, embora a queda esperada na demanda seja menor que a redução na oferta global.

Em outras palavras, a queda na produção mundial de carne bovina deve ser maior que a queda esperada no consumo, o que tende a manter pressionados os preços do animal pronto para o abate e também do produto final para o consumidor. Temos destacado para os patamares recordes de preço da carne bovina globalmente. Clique aqui e confira dados do preço da carne bovina no varejo do Reino Unido, por exemplo.

O USDA revisou, em dezembro de 2025, os dados esperados do consumo mundial de carne bovina para 2025 e 2026 e entre os principais produtores mundiais (primeira Tabela).

A Tabela apresenta os dados de consumo mundial de carne bovina e por país, em milhões de toneladas em equivalente carcaça, entre 2020 e a expectativa para 2025 e 2026, segundo dados do USDA de dezembro de 2025.

consumo mundial de carne bovina

Vale lembrar que a produção mundial de carne bovina deve cair em 2026, impulsionada pela expectativa de redução da oferta de animais para o abate, especialmente no Brasil, com a maior queda na produção entre os principais produtores mundiais (clique aqui). Isso porque após o recorde esperado em 2025, a produção mundial deve cair sensivelmente, de 61,95 para 61,03 milhões de toneladas em equivalente carcaça ou 1,47% (cerca de 0,90 milhão de toneladas).

O consumo mundial de carne bovina deve cair 1,12% em 2026, para 59,52 milhões de toneladas em equivalente carcaça. Caso seja confirmado, será o menor patamar desde 2023 (Tabela).

Como comentamos, a queda esperada no consumo mundial de carne bovina de 1,12% em 2026 deve ser menor que a previsão na queda da oferta, de 1,47%, o que reforça a expectativa de preços firmes e pressionados, para cima, em 2026.

Nos EUA, maior país consumidor, a expectativa é que a demanda por carne bovina permaneça estável frente a 2025, com um consumo estimado em 13,07 milhões de toneladas em equivalente carcaça.

Os EUA, aliás, foram um dos destaques de importação de carne bovina do Brasil em 2025, apesar das implicações negativas relacionadas a tarifa adicional para os produtos exportados pelo Brasil por um período do ano. E por falar no assunto, clique aqui e confira os dados históricos da exportação de carne bovina do Brasil para os EUA.

A China, segundo maior consumidor mundial e principal importador de carne bovina brasileira (clique aqui) deve apresentar queda na demanda em 2026. Apesar da estimativa de queda, de 11,58 para 11,29 milhões de toneladas em equivalente carcaça, a demanda do país asiático segue próxima dos maiores patamares históricos. Entre 2020 e 2026 o aumento do consumo de carne bovina na China subiu quase 20,0% (Tabela).

No Brasil, a expectativa é de queda na demanda em 2026. Inclusive é esperado que o consumo doméstico de carne bovina alcance o menor patamar desde 2022 (Tabela), novamente abaixo de 8,00 milhões de toneladas em equivalente carcaça. O reflexo de preços do boi gordo em alta em 2026 (clique aqui) e, por consequência, uma carne bovina mais cara para o consumidor final condicionam essa expectativa de queda na demanda interna.

Apesar da tendência de queda no consumo mundial de carne bovina, a oferta de carne deve diminuir ainda mais, o que tende a manter a procura pelo produto brasileiro acirrada no mercado internacional. Como temos destacado no Farmnews, a carne bovina brasileira tem sido cada vez mais disputada no mercado internacional, seja por antigos compradores, como China, Rússia (clique aqui), Chile entre outros, como por novos clientes, como Indonésia (clique aqui), Vietnã e alguns outros que estão por vir. Vamos ficar atentos a isso em 2026!

Veja também que o índice de preço dos alimentos mundo divulgado pela FAO voltou a ser pressionado, para cima, em 2025, resultado dos patamares recorde de preços da carne e dos produtos lácteos no mundo. Clique aqui e saiba mais!

E mudando de assunto, você sabia que o Paraguai deixou de ser apenas um produtor de commodities para se tornar um potencial Hub de Inovação para a América do Sul? Quando olhamos para o mapa da inovação agrícola na América Latina, os olhos do mundo costumam se voltar imediatamente para o Brasil, dada a sua escala continental. No entanto, estrategistas mais atentos e empresas de tecnologia ágil começaram a notar um movimento diferente. Existe um gigante silencioso, não em tamanho, mas em velocidade e eficiência, emergindo no coração do continente: o Paraguai. Clique aqui e saiba mais!

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Ivan Formigoni
Ivan Formigonihttp://www.farmnews.com.br
Zootecnista, Fundador do Farmnews e interessado em fornecer informações úteis aos nossos leitores!

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