O preço do boi gordo, em valor nominal, renovou a máxima histórica diária em novembro de 2024, assim como a cotação do Real frente ao dólar.
O mês de novembro foi histórico, especialmente para o mercado do boi gordo. Na primeira metade do ano era considerado distante um cenário de preços recordes do boi gordo ainda em 2024, apesar da expectativa de alta na entressafra. Mas ele aconteceu e mostrou mais uma vez que o mercado é dinâmico e cada movimento de alta ou baixa tem suas particularidades e intensidades. E como temos dito, o mercado está cada vez mais volátil e isso requer preparo e atenção!
E foram vários os fatores que, somados, contribuíram para esse movimento histórico de preço do boi gordo na segunda metade de 2024. Entre eles, a seca extrema, o dólar em alta, as exportações de carne bovina recorde e um consumo doméstico que mostrou força compradora. E como temos destacado, isso à parte do movimento de ciclo pecuário de longo prazo!
O fato é que o boi gordo (Cepea) foi cotado a R$352,7 por arroba em novembro (27), superando o recorde diário nominal anterior, de março de 2022, quando foi cotado a R$352,1 por arroba, como mostram os dados da primeira Figura abaixo.
A Figura ilustra a evolução diária do preço nominal do boi gordo (Cepea), em Reais por arroba, desde o início de 2021.
O preço do boi gordo (Cepea) em novembro (27), além de recorde, foi 39,8% maior que o valor nominal praticado no final de 2023 (R$252,3 por arroba) e desde a mínima do ano, em junho (7), quando foi cotado a R$215,3 por arroba, acumulou alta de 63,8% ou R$137,4 por arroba.
Contudo, o preço médio parcial do boi gordo (Cepea) na parcial de novembro de 2024 (média até o dia 27) foi de R$337,2 por arroba, valor ainda abaixo da média nominal de março de 2022, de R$344,7 por arroba (segunda Figura).
A Figura ilustra a evolução mensal do preço médio nominal do boi gordo (Cepea), em Reais por arroba, entre janeiro de 2020 e a parcial de novembro de 2024 (até o dia 27).
Esse forte movimento de alta no preço do boi gordo impulsionou o mercado futuro e também aumentou a especulação e a volatilidade dos preços na B3, especialmente para os contratos a partir de dezembro de 2024 que renovaram a máxima ao longo do mês. Isso porque no final de novembro o preço futuro do boi gordo acumulou forte queda, no sentido oposto ao físico, precificando um forte deságio entre o preço atual e esperado da arroba (clique aqui).
Mas voltando ao cenário de recordes, além do boi gordo no físico, o dólar também renovou a máxima diária ao longo de novembro (terceira Figura), cada vez mais próximo de alcançar o patamar de R$6,0, ajudando a manter ainda mais competitivo os preços em moeda americana, das commodities agrícolas brasileiras, especialmente da carne bovina, nosso foco aqui.
E por falar em carne bovina brasileira, após sucessivos recordes ao longo de 2024, o mês de novembro será de nova máxima para o período do ano. Clique aqui e confira os dados parciais do mês.
A Figura ilustra a evolução diária do dólar comercial, cotação de venda (R$ por US$) desde o início de 1996.
E após a alta do boi gordo, as atenções ficam para o mercado de reposição que já mostra sinais claros e consistentes de valorização. Nesse contexto, o Farmnews atualizou os dados da variação do preço do bezerro frente ao mesmo período do ano anterior entre 2020 e a parcial de novembro de 2024. Clique aqui e saiba mais!
O Farmnews atualiza, diariamente, os dados dos preços do mercado futuro do boi gordo (clique aqui), milho (clique aqui) e soja (clique aqui)!
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