O preço do boi gordo encerrou a 1ª semana de junho em alta, enquanto o mercado futuro ficou mais estável frente ao valor que encerrou maio.
O preço do boi gordo (Cepea) foi cotado a R$311,2 por arroba em junho (6), valor 1,6% acima do valor que encerrou maio (R$306,1), mas ainda acumulando queda no ano, de 2,0% (frente ao último preço de 2024).
O interessante é avaliar que tanto em 2024 como em 2025 ficou claro o movimento de queda no período de safra (primeira Figura), seguido do movimento de recuperação de preço ao longo da segunda metade do ano.
A Figura ilustra a evolução diária do preço nominal do boi gordo (Cepea), em Reais por arroba, ao longo de 2024 e a parcial de 2025.
A questão agora é entender os patamares de preços esperados para o boi gordo nos meses finais do ano. O mercado futuro precifica alta em torno de 9,0% para outubro em relação a referência no físico em junho (6), com expectativa do valor da arroba em torno de R$340,0. A máxima, para 2025, é esperada para dezembro, projetando preço próximo de R$345,0 por arroba, como mostram os dados da segunda Figura.
Vale lembrar que além de cedo para avaliar a expectativa de preço para os meses finais de ano, com os contratos ainda ganhando em liquidez (clique aqui), ou seja, com os investidores definindo suas posições de compra ou venda, o que ainda deve gerar volatilidade no curto prazo. Mas, independentemente dos patamares de preço esperado e a estratégia de investimento ou proteção daqueles que participam da B3, o cenário segue otimista para o restante do ano.
E, nesse contexto, a exportação de carne bovina em patamares recordes (clique aqui), o preço do produto brasileiro no mercado internacional mais valorizado e mais países importando mais nossa carne (clique aqui) mostram que, do lado da demanda, as perspectivas seguem muito boas. E no mercado interno, a expectativa também é de recuperação, especialmente nos meses finais do ano, como tradicionalmente acontece.
A Figura abaixo apresenta dados de preço do boi gordo no mercado físico (Datagro) e dos contratos futuros, segundo B3, entre junho de 2025 e fevereiro de 2026, em Reais por arroba, no dia 6 de junho, considerando os valores do ajuste.
Vale destacar também que após um movimento de recuperação na segunda quinzena o final de maio, o mercado futuro do boi gordo, exemplificado pelo contrato com vencimento em outubro, ficou mais estável em junho (terceira Figura). Agora é aguardar os próximos movimentos na B3, pois geralmente o mercado futuro antecipa, nos contratos futuros, o movimento no físico.
Em outras palavras, os contratos negociados na B3 anteciparam, na segunda metade de maio, um movimento de recuperação de preço no físico nesse início de junho. Aliás, é importante destacar também que o mercado ficou muito especulado após o dia 15 de maio, com o caso da gripe aviária. O contrato para outubro, por exemplo, chegou a ser negociado próximo de R$325,0 por arroba e poucos dias depois foi negociado em patamares próximos de R$345,0 por arroba.
A Figura ilustra a evolução diária do preço esperado do boi gordo para vencimento em outubro de 2025, segundo dados da B3, em Reais por arroba, ao longo de 2025.
É importante observar também que não foi apenas o boi gordo que subiu nos primeiros dias de junho. O preço do bezerro que tem sido o destaque de alta no ano, voltou a subir no início do mês (clique aqui), após um período mais pressionado no final de maio, reflexo também da queda da relação de troca no momento de repor o rebanho (clique aqui).
E mudando de assunto, o Farmnews apresentou os dados de exportação de carne de frango do Brasil em maio de 2025 e os efeitos na queda das vendas devido ao caso de gripe aviária no País. Clique aqui!
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