O preço futuro do boi gordo segue mais pressionado no final de janeiro e aumentando o deságio frente ao físico.

O mercado futuro do boi gordo precifica um cenário menos otimista para a primeira metade de 2025 nesse final de janeiro, com o contrato para vencimento em maio, por exemplo, alcançando o menor patamar desde o final de dezembro (primeira Figura).

A exportação de carne bovina, embora nos patamares recordes, mostrou queda no ritmo de embarque na 4 semana de janeiro. Isso porque a média diária de exportação de carne bovina in natura do Brasil caiu entre a 3ª e 4ª semanas de janeiro de 2025, passado de uma média diária de embarque de 9,39 para 8,43 mil toneladas. Clique aqui e saiba mais do assunto!

A Figura abaixo ilustra a evolução diária do preço do boi gordo no mercado futuro, para maio de 2025 (B3) em Reais por arroba.

O preço do boi gordo para maio de 2025 foi cotado a R$315,0 por arroba em janeiro (27), o menor valor desde o final de dezembro.

Apesar dessa perspectiva menos otimista no curto prazo, o preço futuro do boi gordo precifica valores muito acima do praticado no mesmo período do ano anterior, como temos comentado, o que favorece a opção pelo recurso de proteção de preços para aqueles que julgam o momento oportuno para minimizar risco. Aliás, os dados sugerem que o investidor Pessoa Física, em maioria pecuaristas, estão optando por esse recurso, já tem mantido saldo de posições “vendidas” na B3 nesse início de ano. Clique aqui e saiba mais!

O fato é que no final de janeiro a perspectiva de curto prazo ficou menos otimista, com o preço futuro abaixo da cotação no mercado físico (segunda Figura). O deságio do preço esperado do boi gordo entre março e maio oscilam em torno de R$10,0 por arroba frente a referência no físico para os respectivos vencimentos (Datagro), cotado próximo de |R$330,0 por arroba).

A Figura abaixo apresenta dados de preço do boi gordo no mercado físico (Cepea e Datagro) e dos contratos futuros, segundo B3, entre janeiro e julho de 2025, em Reais por arroba, no dia 27 de janeiro.

No mercado físico, o preço em 2025 segue cerca de 30,0% acima do praticado em janeiro de 2024 (clique aqui). No curto prazo, as incertezas, também relacionada a instabilidade da demanda doméstica como internacional pressionam o mercado futuro, embora os fundamentos de longo prazo sigam favorecendo o movimento de alta. É importante avaliar os movimentos cíclicos e sazonais de preços, tanto no curto como no longo prazo, ainda mais em um contexto de maior volatilidade.

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