O preço futuro do boi gordo iniciou a última semana de 2025 pressionado, com os contratos para 2026 renovando a mínima.
A menor liquidez nesse período do ano favorece movimentos atípicos, já que com poucos negócios, os preços podem apresentar quedas ou altas expressivas. E talvez tenha sido o que aconteceu na última segunda-feira de 2025, com o contrato para janeiro de 2026 acumulando forte queda, a maior entre os contratos em aberto na B3.
Como temos destacado, o período do ano favorece uma maior pressão de queda no preço do animal pronto para o abate. Essa perda pontual no preço também influencia o comportamento do mercado futuro que também acumulou queda.
Aliás, o número de contratos em aberto no mercado futuro do boi gordo voltou a cair no final de dezembro, mostrando uma menor procura do investidor nesse momento (clique aqui).
E vale mencionar também que esses movimentos atípicos, para aqueles com gestão de risco e estratégia, pode ser uma oportunidade importante na B3. Quando falamos em estratégia, seja de proteção como de especulação, tanto para compra ou venda, é fundamental um claro objetivo de preço de entrada e saída e avaliar a tendência, de curto e mais longo prazo. O viés de curto prazo é de queda, mas como temos destacado esse movimento tende a ser pontual.
A Figura apresenta a evolução diária do preço esperado do boi gordo para janeiro de 2026 (B3, valor de ajuste), em Reais por arroba.
O preço futuro do boi gordo segue pressionado no final de 2025, em um movimento pontual de queda, favorecido pela baixa liquidez na B3 e a queda no valor da arroba no mercado físico nesse período do ano.
Como mostram os dados da Tabela abaixo, o preço do boi gordo no mercado físico (Datagro) ficou mais estável quando comparado ao mercado futuro. O interessante é observar que ao longo da semana entre 18 e 29 de dezembro, todos os contratos em aberto para 2026 acumularam queda, com a maior perda para os vencimentos mais próximos, de janeiro e fevereiro (Tabela).
A Tabela apresenta os dados do preço do boi gordo no físico (Datagro) e futuro (B3), para os vencimentos entre dezembro de 2025 e outubro de 2026, avaliado em Reais por arroba, entre 18 e 29 de dezembro.
O importante é reforçar que apesar da pressão de queda, pontual e que pode persistir nos primeiros meses de 2026, a expectativa é otimista para o próximo ano como inclusive mostram os dados da segunda Figura que revelam uma tendência de alta mais consistente ao longo da segunda metade do próximo ano.
A Figura abaixo apresenta dados de preço do boi gordo no mercado físico (Datagro) e dos contratos futuros, segundo B3, entre dezembro de 2025 e outubro de 2026, em Reais por arroba, no dia 29 dezembro, considerando os valores do ajuste.
O contrato para vencimento em maio de 2026, por exemplo, apesar da queda (segunda Figura), a perda tem sido menor comparado aos vencimentos mais próximos, o que mostra uma maior cautela dos investidores em precificar quedas mais expressivas ao longo de 2026. No entanto, como temos destacado no Farmnews, o mercado é volátil e movimentos especulativos acontecem, especialmente na B3 e é importante estar atento, mesmo que a expectativa seja de preços em alta ao longo do ano.
A Figura apresenta a evolução diária do preço esperado do boi gordo para maio de 2026 (B3, valor de ajuste), em Reais por arroba.
E mudando de assunto, o preço do bezerro foi o destaque positivo de 2025, descolando do boi gordo, se aproximando da máxima nominal histórica de 2021 e com perspectiva de novas altas para 2026, mas cuidado com o otimismo exagerado! Claro, o que todos querem saber é qual a expectativa de preço esperado para o próximo ano. Bom, mas antes vamos relembrar como foi 2025. Clique aqui e confira!
Por outro lado, o preço do milho foi o destaque negativo de 2025, com forte volatilidade e perdas ao longo do ano, mas com média anual acima da observada em 2024. E qual a perspectiva para 2026? Clique aqui e confira!
O mercado de soja apresenta uma perspectiva do milho diferente para 2026. Isso porque o preço da soja para 2026 segue pressionado, abaixo do valor do grão no mercado físico e também indicando queda frente ao valor observado no mesmo período do ano anterior, a partir de julho. Clique aqui e confira!
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