O Farmnews atualizou os dados da relação do preço do bezerro e da variação da quantidade de fêmeas abatidas no 1º trimestre entre 2010 e 2025.

Vale lembrar que o abate oficial de fêmeas no Brasil no 1º trimestre de 2025 somou 4,85 milhões de cabeças, o maior patamar trimestral da história e com uma taxa de abate de vacas e novilhas de quase 50,0%. Clique aqui e confira os dados!

É importante observar (Figura abaixo) que apesar da queda no aumento do ritmo de abate de fêmeas no 1º trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, o abate de vacas e novilhas aumentou 11,9% nos primeiros 3 meses de 2025 quando comparado a 2024. Nos ciclos de alta anterior, no ano que antecedeu a diminuição do abate de fêmeas em valor absoluto (destaque em vermelho na Figura), o aumento da taxa de abate de fêmeas foi sensivelmente menor.

A Figura a seguir ilustra a evolução da variação do preço do bezerro (Cepea, Mato Grosso do Sul) e do abate oficial (IBGE) de fêmeas (vacas e novilhas), no 1º trimestre entre os anos de 2010 e 2025.

A relação do preço do bezerro e o abate fêmeas mostra que a queda no ritmo de oferta de animais (coluna azul) reflete na alta dos valores dos valores da categoria de reposição. E, a expectativa futura é da queda na oferta de vacas em valor absoluto, assim como aconteceu nos ciclos anteriores.

Um dos temas que temos debatido é justamente o fato de, nos últimos anos, as variações, tanto para baixo como para cima no ritmo de abate de fêmeas, estarem cada vez maiores, o que aumenta o potencial de valores mais extremos de preços do bezerro.

Em 2021 a queda no ritmo de abate de fêmeas foi grande, o que resultou na expressiva queda no preço do bezerro nos anos seguintes (2023 e 2024). Em 2023 e 2024 o ritmo de abate de fêmeas foi recorde e permanece alto em 2025, o que aumenta a perspectiva de valores igualmente mais altos da categoria de reposição nos próximos anos.

Aliás, a análise do comportamento do preço corrigido do bezerro contribui para a análise da tendência de preço no longo prazo (clique aqui), mostrando que o potencial de valorização em 2025 ainda é alto.

E além da perspectiva de uma menor oferta de animais como temos comentado, do lado da demanda o cenário segue otimista, seja pela exportação de carne bovina (clique aqui) em patamares recordes, como também pela expectativa de um maior consumo doméstico, especialmente nos meses finais do ano.

A exportação de bovinos vivos do Brasil em maio de 2025 somou o equivalente a US$104,82 milhões, novo recorde para o período do ano (primeira Figura) e mais que o dobro do valor praticado em maio de 2024 (US$46,83 milhões). Clique aqui e confira os dados!

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