O Farmnews atualizou os dados que mostram a manutenção do alto potencial da demanda chinesa por carne bovina em 2026, próximo do patamar recorde de 2025.
O fato é que apesar da expectativa de queda no consumo mundial de carne bovina em 2026, a queda esperada na demanda é menor que a previsão de redução na oferta global. Em outras palavras, a queda na produção mundial de carne bovina deve ser maior que a queda esperada no consumo, o que tende a manter pressionados os preços do animal pronto para o abate e também do produto final para o consumidor.
E essa tendência referente ao cenário global também vale para a China, segundo maior consumidor mundial de carne bovina. Isso porque, apesar da queda no consumo, ainda que modesto no país asiático (Figura abaixo), a produção de carne bovina chinesa também deve cair, o que deve manter a necessidade de importação de carne bovina próximo da máxima de 2025.
Vale lembrar que a produção mundial de carne bovina deve cair em 2026, impulsionada pela expectativa de redução da oferta de animais para o abate, especialmente no Brasil, com a maior queda na produção entre os principais produtores mundiais (clique aqui). Isso porque após o recorde esperado em 2025, a produção mundial deve cair sensivelmente, de 61,95 para 61,03 milhões de toneladas em equivalente carcaça ou 1,47% (cerca de 0,90 milhão de toneladas).
Por outro lado, o consumo mundial de carne bovina deve cair 1,12% em 2026, para 59,52 milhões de toneladas em equivalente carcaça. Caso seja confirmado, será o menor patamar desde 2023. Clique aqui e confira os dados!
A Figura apresenta os dados de produção e consumo de carne bovina na China, em milhões de toneladas em equivalente carcaça, entre 2017 e a expectativa para 2025 e 2026, segundo dados do USDA de dezembro de 2025.

A demanda chinesa por carne bovina em 2026 deve seguir próxima do recorde de 2025, influenciando pela leve queda, tanto no consumo como na produção de carne bovina do país!
É esperado uma leve queda no consumo de carne bovina na China. Aliás, a queda no consumo deve ficar muito próxima da expectativa de queda na produção de carne bovina, o que tende a manter estável a necessidade de importação do país para atender a demanda doméstica (Tabela).
Em 2026 é esperado que a diferença entre a produção e consumo de carne bovina na China fique em 3,73 milhões de toneladas em equivalente carcaça, valor muito próximo de 2025 (3,79 milhões de toneladas), segundo dados do USDA de dezembro de 2025.
Isso mostra que a necessidade de importação de carne bovina chinesa deve seguir firme em 2026. Os dados mostram uma tendência de leve queda nas compras do país asiático em 2026, de 3,82 milhões de toneladas em equivalente carcaça em 2025 para 3,75 milhões de toneladas, ou seja, nada significativo e, lembrando que esses dados são estimativas que podem mudar.
A Tabela apresenta os dados da importação mundial de carne bovina e por país, em milhões de toneladas em equivalente carcaça, entre 2020 e a expectativa para 2025 e 2026, segundo dados do USDA de dezembro de 2025.

O Farmnews inclusive apresentou os dados históricos da importação de carne bovina brasileira pela China que, alcançou patamares históricos em 2025 e devem seguir firmes em 2026. Clique aqui e confira!
Além da China, nosso maior importador de carne bovina (clique aqui), o produto brasileiro tem sido cada vez mais disputado no mercado internacional, seja por antigos compradores como EUA (clique aqui), Rússia (clique aqui) entre outros como por novos compradores, como Indonésia (clique aqui), Vietnã entre outros que ainda estão por vir.
Veja também que o índice de preço dos alimentos mundo divulgado pela FAO voltou a ser pressionado, para cima, em 2025, resultado dos patamares recorde de preços da carne e dos produtos lácteos no mundo. Clique aqui e saiba mais!
E mudando de assunto, você sabia que o Paraguai deixou de ser apenas um produtor de commodities para se tornar um potencial Hub de Inovação para a América do Sul? Quando olhamos para o mapa da inovação agrícola na América Latina, os olhos do mundo costumam se voltar imediatamente para o Brasil, dada a sua escala continental. No entanto, estrategistas mais atentos e empresas de tecnologia ágil começaram a notar um movimento diferente. Existe um gigante silencioso, não em tamanho, mas em velocidade e eficiência, emergindo no coração do continente: o Paraguai. Clique aqui e saiba mais!
O Farmnews disponibiliza, diariamente, seus estudos de forma gratuita pelo whatsapp. Clique aqui!



