Emissões de CO2 no Brasil: afinal quem emite mais? A pobreza urbana ou a agropecuária?
Prezado produtor, essa publicação é para que você inicie um movimento forte de combate a histeria ambientalista que diz que a sua produção é quem está acabando com o mundo!
Em um cenário onde o debate ambiental ganha cada vez mais destaque, e os cavaleiros do apocalipse verde colocam a culpa no arroto do boi o colapso verde, é essencial analisar as fontes de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil não apenas pelo volume, mas pelo seu impacto social e econômico.
Enquanto a agropecuária é frequentemente apontada como uma das principais emissoras de CO2, contribuindo com cerca de 25% das emissões nacionais (aproximadamente 600 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa – SEEG), as emissões indiretas geradas pela pobreza urbana e a expansão de favelas são subestimadas e representam um desperdício ambiental sem retornos positivos para a sociedade.
Para deixar exposta a hipocrisia que ataca os sistemas agroalimentares, mas fecha os olhos para questões sociais, vou destacar dados de estudos recentes e nessa ótica que é a mais importante, como a agropecuária, apesar de suas emissões, reverte benefícios concretos para o país, enquanto a degradação urbana clama por políticas públicas urgentes. Fundamentar argumentos sólidos, é a chave para o setor agro debater a retórica de que é o “vilão” das emissões, mostrando seu papel na captura de carbono e na inovação sustentável.
As emissões “invisíveis” da pobreza urbana, um custo sem retorno
A pobreza urbana, agravada pela ausência de políticas públicas eficazes em habitação, saneamento e planejamento, gera emissões indiretas de CO2 que somam entre 100 a 200 milhões de toneladas de CO2 equivalente anualmente, representando 5-10% das emissões urbanas totais no Brasil. Essas emissões decorrem principalmente da gestão inadequada de resíduos, expansão desordenada de favelas e consumo ineficiente de energia em comunidades vulneráveis, o que chamamos de “gato”, onde vivem cerca de 12 milhões de brasileiros (6% da população).
De acordo com um estudo da UN-Habitat sobre megacidades como São Paulo, as favelas contribuem com 10-15% das emissões urbanas locais via decomposição de resíduos orgânicos, que liberam metano, um gás com potencial de aquecimento 25 vezes maior que o CO2. Além disso, a expansão de favelas entre 1985 e 2021 dobrou o número dessas comunidades, invadindo áreas verdes e causando desmatamento periférico equivalente a 5-10% da perda florestal urbana no Rio de Janeiro e em São Paulo, conforme relatórios da Arizona State University. Essa degradação não só polui rios e solos, mas também intensifica vulnerabilidades climáticas, como inundações e erosão, que afetam desproporcionalmente os pobres.
O problema é que essas emissões não revertem em benefícios sociais. Pelo contrário: perpetuam ciclos de desigualdade, com custos anuais estimados em R$200-300 bilhões em saúde pública e perda de produtividade, segundo análises do Banco Mundial. Sem investimentos em infraestrutura, como saneamento, o Brasil perde oportunidades de mitigar emissões enquanto melhora a qualidade de vida. Uma publicação da revista Nature reforça que disparidades econômicas amplificam impactos climáticos, mas sem gerar empregos ou crescimento, um desperdício ambiental puro.
A Agropecuária, que gera emissões, mas com benefícios tangíveis para a sociedade e a economia
Em contraste, a agropecuária emite cerca de 600 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano, com a pecuária respondendo por 70% desse total via metano de ruminantes e óxido nitroso de fertilizantes. Estudos da MDPI calculam uma média de 749 kg de CO2-eq por tonelada de produto agrícola, e quando somadas às mudanças no uso da terra como conversão de florestas para pastagens, o que acho estranho, uma vez que dobramos produção sem avançar um hectare de terra, o setor contribui para até 75% das emissões totais do país (1,6 giga toneladas de CO2 equivalente anuais entre 2000 e 2019).
No entanto, rotular o agro como “vilão” ignora seu papel duplo: emissor e capturador de carbono. Plantas agrícolas e pastagens sequestram CO2 através da fotossíntese, com estimativas da Embrapa indicando que o setor captura até 1,5 bilhão de toneladas de CO2 equivalente anualmente em solos e biomassas, um equilíbrio que mitiga parte das emissões líquidas. Diferentemente das emissões urbanas, que são puramente poluentes, o agro opera em um ciclo regenerativo, onde emissões são contrabalançadas por sequestro. Um estudo da FAO destaca que práticas como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) no Brasil sequestram até 1 tonelada de CO2 por hectare/ano, transformando emissões em ativos ambientais.
Além disso, a eficiência crescente desconstrói a narrativa negativa. Iniciativas como o Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), implementado pelo Ministério da Agricultura, já reduziram emissões em 20-30% por meio de técnicas como plantio direto e rotação de culturas, gerando empregos qualificados e aumentando a produtividade sustentável. Comparado globalmente, o agro brasileiro emite menos por unidade produzida do que em muitos países desenvolvidos, a pecuária brasileira tem uma pegada de carbono 30% menor que a média global, graças a pastagens tropicais que capturam mais CO2.
Essas emissões são “produtivas” em termos sociais e econômicos. O agronegócio representa cerca de 23% do PIB brasileiro, emprega 28,2 milhões de pessoas diretamente (26% da força de trabalho) e garante segurança alimentar global, exportando para mais de 180 países. Um estudo da Taylor & Francis modela cenários onde impostos sobre carbono na agropecuária financiam transições para práticas de baixa emissão, criando novos empregos e melhorando condições de trabalho. Diferente da pobreza urbana, onde emissões agravam problemas sem contrapartidas, o agro reverte em desenvolvimento, como a adoção de tecnologias sustentáveis no Plano ABC que projeta uma redução de 1 giga tonelada de CO2 equivalente até 2030, enquanto mantém o setor como pilar da economia.
Além disso, o agro não é estático, inovações como biofertilizantes e pecuária de precisão reduzem emissões em até 50% por unidade, enquanto emissões de CO2 urbanas crescem sem controle.
Estudos da Universidade de Chicago mostram que o setor agrícola, quando sustentável, contribui para a resiliência climática, protegendo solos e biodiversidade, um contraste com a degradação irreversível das favelas.
Políticas integradas para um futuro sustentável
O Brasil precisa de políticas públicas que integrem agropecuária sustentável e a transformação das cidades resilientes para mitigar emissões de forma eficiente. Investir em políticas públicas e de segurança, principalmente no combate às facções criminosas para acabar com a favelização e trazer vida digna aos brasileiros, poderia cortar emissões urbanas em 20 – 30%, enquanto o agro continua a impulsionar o crescimento com práticas de baixa carbono, que está em seu DNA.
Se é para falarmos sobre questões climáticas, o equilíbrio está em transformar emissões em investimentos sociais, e ignorar a pobreza urbana enquanto se criminaliza o agro é simplesmente fechar os olhos para um país que erra há décadas em políticas públicas.
Então produtor, quando escutar que o agro é o responsável pelo cataclisma climático, fale para esse adorador da Greta fazer essa análise mais ampla, isso se ele conseguir, não é?!
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