A busca por produtividade na cria e a eficiência na pecuária de corte com um todo tem levado os criadores a adotarem estratégias cada vez mais precisas durante a estação de monta.

Conforme explica Rodrigo Alves, Especialista em Reprodução da CRV Lagoa, o uso de reprodutores geneticamente superiores é um fator fundamental para quem busca elevar a eficiência do sistema de cria. Ele ressalta que, além da seleção dos touros, adotar estratégias para antecipar a prenhez das fêmeas – como a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) – contribui diretamente para a produção de progênies superiores, que nascerão em momentos mais favoráveis e terão melhor desempenho.

Rodrigo destaca que a IATF, associada à estação de monta, traz inúmeras vantagens para os sistemas de produção, como: concentração dos eventos reprodutivos nas fazendas (concepções, parições e desmames); nascimento dos bezerros em períodos favoráveis, com menor mortalidade e maior desempenho; oferta de nutrição de qualidade em momentos adequados (forragem de boa qualidade até o desmame); padronização dos lotes (homogêneos e contemporâneos); e avaliação mais assertiva dos dados produtivos, otimizando as tomadas de decisão.

Outro grande benefício da IATF é a retirada das fêmeas do anestro pós-parto, condição em que as vacas se encontram em inatividade reprodutiva, ocasionada principalmente por deficiência nutricional e pela presença do bezerro ao pé. Em condições naturais, as vacas demoram para retornar à ciclicidade porque possuem inúmeras demandas energéticas que antecedem a demanda para reprodução. Por outro lado, ao se realizar um protocolo farmacológico, ocorre indução da ovulação de forma sincronizada, mais cedo no pós-parto, tornando possível que essa vaca seja fertilizada mais rapidamente e reduzindo o intervalo entre partos.

Além disso, Rodrigo destaca que os protocolos de IATF permitem antecipar a vida reprodutiva de novilhas jovens, as chamadas superprecoces, com idade entre 12 e 15 meses. Os protocolos induzem a ovulação de forma sincronizada, com eficiência superior a 80%, possibilitando que essas novilhas sejam inseminadas já na primeira estação de monta após o desmame. Essa estratégia traz um enorme ganho genético por reduzir o intervalo de gerações nos rebanhos, além de tornar a atividade mais lucrativa e sustentável.

Em termos de escolha de reprodutores, investir em touros com elevado peso à desmama é uma estratégia que garante que os bezerros apresentem desempenho consistente desde os primeiros meses de vida. Outro ponto importante é a seleção de reprodutores comprovadamente férteis, fator que contribui para emprenhar o maior número possível de fêmeas no início da estação de monta, elevando o número de bezerros “do cedo”. Esses bezerros, por nascerem em períodos mais secos, apresentam menor suscetibilidade a doenças e dispõem de boa oferta de forragem até o desmame. Isso faz com que tenham melhor desempenho tanto no desmame quanto no abate (para machos) e na estação de monta (para fêmeas). As novilhas “do cedo” chegam mais velhas e mais pesadas ao início da estação, tornando mais viável a produção das fêmeas superprecoces mencionadas anteriormente.

Portanto, a escolha de touros da bateria da CRV Lagoa permite alinhar os objetivos do sistema de produção com resultados tangíveis no campo: maior número de prenhezes no início da estação de monta, melhor aproveitamento das fêmeas, mais bezerros por vaca ao longo dos anos e genética consistente. Tudo isso se traduz em uma safra mais precoce, uniforme e lucrativa.

Ao combinar estratégia com genética de ponta, o produtor maximiza a produtividade na cria e assegura o sucesso reprodutivo da fazenda.

E por falar em produtividade na cria, o Faarmnews tem destacado para a expectativa de alta no preço da categoria de reposição ao longo dos próximos anos. O Farmnews apresentou os dados do preço histórico do bezerro em agosto, entre 2010 e 2024 e a perspectiva para o restante de 2025. Clique aqui e confira!

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