domingo, dezembro 14, 2025

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Taxa de abate de vacas e novilhas no acumulado até setembro: recorde em 2025!

A taxa de abate de vacas e novilhas, em relação ao total de bovinos abatidos no Brasil, no acumulado até setembro de 2025, foi de 48,5%, patamar muito acima dos anos anteriores e recorde para o período do ano.

O abate de vacas e novilhas foi recorde na parcial de 2025, até setembro, alcançando valores muito acima do observado no mesmo período dos anos anteriores, como mostram os dados da Tabela a seguir.

Vale destacar também que o abate de vacas e novilhas no 3º trimestre de 2025 alcançou o maior patamar para o período do ano. Clique aqui e confira os dados do 3º trimestre entre os anos de 2010 e 2025.

A Tabela apresenta os dados de abate oficial de bovinos no Brasil no acumulado até o 3º trimestre, entre os anos de 2010 e 2025, segundo dados do IBGE-SIDRA.

taxa de abate de vacas

A taxa de abate de vacas e novilhas alcançou, em 2025, o quarto ano consecutivo de alta e o maior patamar ao longo da série iniciada em 2010, inclusive próximo de 50,0%.

O fato é que o aumento do abate de fêmeas foi maior que o crescimento do abate oficial total de bovinos no Brasil nos últimos anos. Em 2025, em especial, foram abatidos, até setembro, 31,76 milhões de cabeças, alta de 6,2% em relação ao mesmo período de 2024. O abate de vacas, em 2025, até setembro (10,34 milhões de cabeças), subiu 14,7% quando comparado ao mesmo período de 2024 (9,01 milhões de cabeças). O abate de novilhas alcançou 5,05 milhões de cabeças em 2025, até setembro, alta de 23,1% em relação a 2024. O total oficial de fêmeas abatidas em 2025, até setembro, de 15,39 milhões foi 17,4% maior que o observado em 2024 (13,11 milhões de toneladas).

Isso mostra que o abate de fêmeas tem crescido mais que o abate total de bovinos no País, aumentando a proporção de fêmeas no abate total e a consequente diminuição da oferta futura de bezerros(as). Vale mencionar que a diminuição do rebanho de fêmeas disponível para reprodução não deve ser compensada, na mesma proporção, pela melhora dos indicadores de fertilidade. Em outras palavras, a oferta de bezerros(as) deve diminuir de modo significativo. É o efeito do ciclo pecuário de longo prazo. O fato é que mesmo com o preço do bezerro em alta (clique aqui), a oferta de fêmeas para o abate permanece em patamares recordes, o que sugere que também um maior ajuste de produtividade tem sido observado em 2025, com o maior descarte de fêmeas improdutivas.

Em 2026 é esperada a continuidade do movimento de valorização do bezerro e a expectativa de uma menor oferta de vacas e novilhas para o abate, o que também deve pressionar, para cima, o preço do animal pronto para o abate. O mercado futuro do boi gordo inclusive precifica alta mais consistente ao longo de 2026, principalmente a partir da segunda metade do ano (clique aqui).

Como temos destacado no Farmnews, o ano de 2025 tem sido histórico para a venda de carne bovina como também para a bovinos vivos (clique aqui) no mercado internacional. E em 2026 a expectativa é de um mercado internacional ainda mais comprador.

A exportação de carne bovina do Brasil alcançou o segundo maior valor histórico, avaliado pelo ritmo de embarque, em novembro de 2025, atrás apenas do valor praticado no mês anterior! Os embarques de carne bovina in natura, congelada e fresca, somaram 318,49 mil toneladas métricas, alta de 39,6% frente ao recorde anterior para o período do ano, de 2024. Clique aqui e confira os dados de exportação de carne bovina do Brasil nos meses de novembro e no acumulado até novembro entre 2015 e 2025!

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Ivan Formigoni
Ivan Formigonihttp://www.farmnews.com.br
Zootecnista, Fundador do Farmnews e interessado em fornecer informações úteis aos nossos leitores!

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