Venda de carne bovina segue sustentada. Apesar do avanço da segunda quinzena, as vendas no varejo mantêm o ritmo e permanecem no mesmo nível da primeira.
Entramos na segunda quinzena, período em que normalmente o varejo perde o fôlego. Mesmo assim, as vendas mantiveram o ritmo da primeira metade do mês, sustentadas pelo aumento das contratações temporárias típicas do fim de ano, pelo pagamento de bonificações e do 13º salário.
Apesar desse cenário, após altas consecutivas que vinham desde a última semana de setembro e, na semana anterior, atingindo o maior patamar desde janeiro, o atacado de carne com osso registrou recuos em algumas categorias de carcaça casada, enquanto outras permaneceram estáveis.
A carcaça casada do boi capão caiu 1,8%, negociada em R$22,00/kg, e a do boi inteiro seguiu sem alterações, cotada em R$21,40/kg.
Entre as carcaças casadas de fêmeas, a da vaca permaneceu em R$20,65/kg. Já a da novilha recuou 0,7%, comercializada em R$21,25/kg.
No atacado de carne sem osso, o movimento seguiu firme, com a média geral avançando 0,5%.
Nos cortes do traseiro, a média subiu 0,5%, com oito cortes em alta, dois em baixa e seis estáveis. O filé mignon sem cordão foi o destaque, com aumento de 2,3%.
Nos cortes do dianteiro, a média subiu 0,6%, com apenas um corte em queda (–0,1% no cupim) e os outros cinco em alta. A maior variação foi registrada na paleta sem músculo, que apresentou acréscimo de 2,2%.
No varejo, o cenário foi de ajustes positivos na média geral de todos os estados monitorados.
Em São Paulo, a média subiu 0,6%, com 14 cortes em alta e sete em baixa. O coxão duro teve o maior avanço, de 4,1%.
No Paraná, a média apresentou alta de 0,2%, com destaque para a picanha, que subiu 3,1%. Ao todo, seis cortes tiveram aumento, nove caíram e seis permaneceram estáveis.
Em Minas Gerais, a variação foi de 0,1%. Entre os 21 cortes acompanhados, seis apresentaram valorização, nove recuo e seis não mostraram alteração. A fraldinha registrou a maior alteração, com alta de 2,5%.
No Rio de Janeiro, a média também teve ajuste positivo de 0,1%, com dez cortes em alta, seis em baixa e cinco estáveis. Os maiores avanços ocorreram na alcatra com maminha (3,8%) e na fraldinha (3,7%).
No curto prazo, o cenário não deve apresentar grandes mudanças, com a venda de carne bovina tendendo a permanecer sustentada, embora o avanço do fim do mês possa exercer alguma pressão de baixa.

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