segunda-feira, dezembro 15, 2025

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Venda de carne bovina no varejo melhora no início de novembro

Após a virada do mês, a venda de carne bovina no varejo melhorou, mas ainda pode melhorar mais.

A primeira semana do mês já chegou e, com ela, uma recuperação nas vendas – embora ainda aquém do esperado –, isso porque parte das empresas efetua o pagamento dos salários no quinto dia útil que, até a data desta análise (6/11), não ocorreu.

No atacado de carne com osso, ainda sustentado pela menor oferta de bovinos e, consequentemente, pela redução nos estoques, a cotação de todas as carcaças casadas subiu.

A cotação da carcaça casada do boi capão subiu 2,6%, apregoada em R$21,55/kg. A do boi inteiro também avançou 2,6%, cotada em R$20,70/kg.

Para as fêmeas, a alta foi de 2,6% para a da vaca e de 3,3% para a da novilha, negociadas em R$20,00/kg e R$20,65/kg, respectivamente.

No mercado atacadista de carne desossada, a média geral subiu 0,4%, com alta na cotação média tanto dos cortes do traseiro quanto do dianteiro.

Na cotação média dos cortes do traseiro, a valorização foi de 0,5%, com aumento em 12 cortes e estabilidade em quatro. O destaque foi o filé mignon com cordão, que subiu 1,8%.

Para os cortes do dianteiro, o ajuste positivo foi de 0,1%, com apenas uma alta registrada, para o lombinho (0,9%), enquanto os demais cortes não apresentaram alteração no período.

No varejo, o movimento foi variado entre os estados.

Em São Paulo, não houve alteração na cotação média. No estado, sete cortes subiram, nove caíram e cinco não mudaram. O destaque ficou para a costela, que caiu 2,7%, e para a paleta, que recuou 2,6%.

No Rio de Janeiro, o preço médio também não se alterou, com oito cortes em alta, nove em queda e quatro estáveis. A maior variação foi para o coxão mole, que caiu 3,0%.

No Paraná, houve ajuste positivo de 0,4%, sustentado pela alta de 11 cortes (ante cinco em queda e cinco estáveis) e pelo acréscimo de 2,9% na cotação do músculo.

Em Minas Gerais, houve recuo de 0,1% na média geral, puxado pela queda de dez dos 21 cortes totais – oito subiram e três não apresentaram mudança. A paleta foi o corte que mais apresentou variação, com queda de 2,7%.

No curto prazo, a expectativa é de que a venda de carne bovina no varejo alcance um ritmo mais aquecido após o pagamento dos salários, o que pode sustentar os preços.

Relação de troca no mês de outubro

Em outubro, quando analisamos do primeiro dia útil ao último, a cotação do dianteiro registrou alta de 4,9% ou R$0,75/kg, fechando em R$16,15/kg. Por outro lado, as cotações das demais proteínas comparadas recuaram no período. Nesse cenário, a relação de troca do corte bovino piorou frente às demais.

A cotação do suíno especial* caiu 0,3% ou R$0,02/kg no período, cotado em R$12,50/kg. Nesse contexto, a relação de troca piorou 5,7% para a carne bovina: se antes 1kg de dianteiro comprava 1,22kg de carne suína, passou a adquirir 1,29kg.

O frango médio**, apresentou ajuste negativo de 0,8% ou R$0,10/kg, negociado em R$7,53/kg. Com isso, a relação de troca piorou 5,1% para a carne bovina frente ao frango. Enquanto no início do mês 1kg de dianteiro comprava 2,04kg de carne de frango, no fim passou a comprar 2,14kg.

*Animal abatido, sem vísceras, patas, rabo e gargantilha.

**Ave que leva em consideração o peso médio da linhagem para um lote misto, com rendimento de carcaça estimado em 74,0%.

Vale lembrar que a venda de carne bovina do Brasil para o mercado internacional renovou a máxima histórica em outubro de 2025, com embarque acima de 300,0 mil toneladas métricas de produto in natura. No acumulado do ano, até outubro, a exportação de carne bovina brasileira somou US$13,14 bilhões, alta de 37,7% quando comparado ao total de 2024, até outubro. Os embarques entre janeiro e outubro de 2025 alcançaram quase 2,5 milhões de toneladas métricas, valor 15,6% acima do observado até outubro de 2024. Clique aqui e confira os dados!

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