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Exportação de carne bovina: ritmo de embarque cai no final de janeiro

A exportação de carne bovina do Brasil apresentou queda no ritmo de embarque no final de janeiro de 2025.

Apesar de ainda apresentar média diária de venda acima do observado em janeiro de 2024, os embarques diários caíram frente a semana anterior. O fato é que os dados parciais de 2025, até o décimo sétimo dia útil de janeiro, totalizaram um embarque de 143,31 mil toneladas de carne bovina in natura do Brasil, 78,9% do total comercializado em janeiro de 2024 (181,62 mil toneladas), que consideraram 22 dias úteis.

A média diária de embarque de carne bovina in natura do Brasil nos primeiros 17 dias úteis de janeiro de 2025 foi de 8,43 mil toneladas, valor 2,1% maior que a média diária de janeiro de 2024 (8,25 mil toneladas). Vale lembrar, contudo, que a média diária de embarque nos primeiros 12 dias úteis de janeiro de 2025 foi de 9,39 mil toneladas, valor 13,8% maior que a média diária de janeiro de 2024 (8,25 mil toneladas). Isso mostra que o ritmo de embarque de carne bovina do Brasil caiu entre a 3ª e 4ª semanas de janeiro de 2025.

A média diária de exportação de carne bovina in natura do Brasil caiu entre a 3ª e 4ª semanas de janeiro de 2025, passado de uma média diária de embarque de 9,39 para 8,43 mil toneladas.

Como a média diária de embarque segue acima de janeiro de 2024, o recorde para um mês de janeiro ainda pode ser renovado em 2025, embora seja menos provável, principalmente se o ritmo de embarque continuar em queda na última semana do mês.

O recorde de embarque para um mês de janeiro aconteceu justamente em 2024, quando a venda de carne bovina in natura do Brasil foi de 181,62 mil toneladas. O preço médio da carne bovina in natura do Brasil segue em recuperação, cotado a US$5,03 por kg na parcial de janeiro de 2025. E por falar no assunto, clique aqui e confira a evolução mensal do preço da carne bovina exportada do Brasil entre janeiro de 2020 e a parcial de janeiro de 2025, em Reais e em dólares.

A queda no ritmo de embarque de carne bovina do Brasil é um sinal de alerta para o comportamento de preço no curto prazo, especialmente no mercado futuro que segue abaixo do físico, ou seja, precificando queda ao longo da primeira metade do ano (clique aqui). Como temos destacado, o aumento do saldo das posições “vendidas” pelo investidor Pessoa Física no mercado futuro do boi gordo mostra um menor otimismo no curto prazo (clique aqui). Os dados sugerem, à parte daqueles que especulam na B3, que os produtores podem estar, de fato, fazendo uso da proteção de preço. Isso é um ótimo sinal.

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No mercado físico, o preço em 2025 segue cerca de 30,0% acima do praticado em janeiro de 2024 (clique aqui). Apesar dos patamares de preço mais altos frente ao mesmo período dos anos anteriores, o produtor segue receoso quanto ao futuro, no curto prazo, diante das incertezas, também relacionada a instabilidade da demanda doméstica como internacional.

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Ivan Formigoni

Zootecnista, Fundador do Farmnews e interessado em fornecer informações úteis aos nossos leitores!

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