O mercado de carne bovina seguiu com vendas fracas nos segmentos varejista e atacadista, tanto para carnes com osso quanto desossados. Esse cenário pressionou os preços, com exceção de algumas regiões no varejo, monitoradas pela Scot Consultoria.

No atacado de carne com osso, a carcaça do boi capão apresentou queda de 3,4%, sendo negociada em R$20,50/kg. A carcaça do boi inteiro também recuou, com baixa de 3,0%, cotada a R$19,50/kg. Entre as fêmeas, a carcaça da vaca caiu 3,9%, comercializada em R$18,25/kg, enquanto a da novilha registrou queda de 3,2%, com preço de R$19,00/kg.

O maior recuo foi observado nas carcaças do dianteiro, com a do boi castrado recuando 4,6%, chegando a R$18,40/kg, e a do boi inteiro, 5,1%, cotado em R$18,35/kg.

Para a carne desossada, a média geral dos preços caiu 0,8%, mesmo percentual registrado nos cortes do traseiro. Já os cortes do dianteiro tiveram uma queda de 1,0%. No traseiro, apenas o filé mignon teve valorização (0,7%), enquanto os demais cortes oscilaram entre estabilidade e queda. No dianteiro, somente o lombinho manteve o preço estável, os demais cortes apresentaram retração.

No varejo, seguindo a tendência dos demais setores, os preços médios caíram em São Paulo (-0,5%) e Minas Gerais (-0,6%). Os destaques foram a picanha, com queda de 5,9% em SP, e a fraldinha, com retração de 3,6% em MG.

Contrariando esse movimento, o Paraná registrou alta de 0,1% nos preços médios, com a maior valorização sendo a da alcatra completa, com aumento de 4,3%. No Rio de Janeiro, os preços também subiram, com média de 0,8%, puxados pelo peito bovino, que teve alta de 2,9%.

Após a notificação do MAPA, em 15/5, sobre a detecção de gripe aviária em granjas comerciais, os preços das proteínas animais apresentaram queda.

O frango médio foi o mais impactado, com recuo de 14,9%, sendo cotado a R$7,05/kg. O preço do dianteiro bovino caiu 8,3%, negociado a R$16,50/kg. Apesar da queda na carne bovina, sua competitividade frente ao frango piorou. A relação de troca do dianteiro avulso em relação ao frango aumentou 5,3%, passando de 2,22kg para 2,34kg – ou seja, é possível comprar mais frango com 1,0kg de dianteiro bovino.

A carne suína registrou queda mais moderada em relação às demais proteínas, de 5,4%, cotada a R$12,20/kg. Com isso, a relação de troca entre o dianteiro bovino e a carne suína melhorou 5,3%, reduzindo-se de 1,43kg para 1,35kg — indicando menor poder de compra de carne suína com 1,0kg de dianteiro, no período.

No final de maio, apesar da lentidão do mercado de carne bovina, há sinais de retomada nas vendas, o que pode contribuir para a redução dos estoques no atacado. Ainda assim, os preços devem seguir com poucas variações.

Tabela. Preços médios dos cortes sem osso no mercado atacadista de São Paulo, em R$/kg.

E apesar da maior pressão negativa no preço do boi gordo, no curto prazo (clique aqui), o mercado futuro do boi gordo oscilou menos ao longo da última semana de maio e, além de mais estável, subiu pelo segundo dia consecutivo em maio (29). Clique aqui e saiba mais!

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