O Farmnews atualizou os dados que comparam a variação do preço da picanha e do boi gordo entre 2020 e novembro de 2025.
O fato é que considerando o valor de dezembro de 2019 como referência (base 100), o valor médio nominal do boi gordo (Cepea) acumulou, até novembro de 2025, alta de 51,9%, enquanto no mesmo intervalo de tempo a picanha no varejo (INPC) subiu menos (35,1%), como mostram os dados da primeira Figura.
A Figura ilustra a variação acumulada do preço nominal do boi gordo (Cepea) e da picanha no varejo – média nacional (INPC – IBGE), até novembro de 2025, considerando o valor de dezembro de 2019 como base 100.

O preço da picanha oscilou menos que o do boi gordo ao longo do período entre 2020 e novembro de 2025, com o animal pronto para o abate acumulando maior alta no final do período.
No entanto, quando avaliamos o preço da picanha e do boi gordo em um período menor de tempo (considerando dezembro de 2021 como referência), o cenário muda (segunda Figura). Isso porque entre dezembro de 2021 e novembro de 2025 o preço do boi gordo e da picanha alcançaram patamares semelhantes de alta. Aliás, o preço da picanha e do boi gordo, apesar da variação ao longo do período, ficou praticamente estável entre o final de 2021 e novembro de 2025.
A Figura ilustra a variação acumulada do preço nominal do boi gordo (Cepea) e da picanha no varejo – média nacional (INPC – IBGE), até novembro de 2025, considerando o valor de dezembro de 2021 como base 100.

É interessante observar que o preço da picanha apresentou uma variação menor que o boi gordo ao longo dos últimos anos e, destacando que nos momentos de forte perda no preço do animal pronto para o abate, o preço da picanha apresentou uma queda menor. No entanto, o contrário também é verdadeiro, ou seja, nos períodos em que o preço do boi gordo acumulou alta mais forte, o preço da carne para o consumidor final subiu menos.
Isso mostra que o varejo busca compensar as margens em momentos em que o boi gordo cai, não repassando, na mesma proporção, a queda de preço para o consumidor final. Contudo, do mesmo modo, nos momentos de alta mais forte do boi gordo o repasse para o consumidor final esbarra na queda da demanda, com o varejo diminuindo a margem do produto.
Pois é, mas enquanto a picanha subiu menos que o preço do boi gordo no acumulado desde o final de 2019, o mesmo acontece com o acém, embora em menor proporção. Isso mostra que para os cortes “mais baratos”, o preço do produto no varejo acompanha mais de perto o comportamento de preço do boi gordo (terceira Figura).
A Figura ilustra a variação acumulada do preço nominal do boi gordo (Cepea) e do acém no varejo – média nacional (INPC – IBGE), até novembro de 2025, considerando o valor de dezembro de 2021 como base 100.

A exportação de carne bovina do Brasil alcançou o segundo maior valor histórico, avaliado pelo ritmo de embarque, em novembro de 2025, atrás apenas do valor praticado no mês anterior! Os embarques de carne bovina in natura, congelada e fresca, somaram 318,49 mil toneladas métricas, alta de 39,6% frente ao recorde anterior para o período do ano, de 2024. Clique aqui e confira os dados de exportação de carne bovina do Brasil nos meses de novembro e no acumulado até novembro entre 2015 e 2025!
Além da demanda internacional recorde, o consumo doméstico subiu em dezembro, aumentando o otimismo de um melhor consumo de carne bovina no último mês de 2025, impulsionado com o recebimento do 13º salário e dos tradicionais “churrasquinhos” comemorativos. Clique aqui e saiba mais!
Veja também que a taxa de abate de vacas e novilhas, em relação ao total de bovinos abatidos no Brasil, no acumulado até setembro de 2025, foi de 48,5%, patamar muito acima dos anos anteriores e recorde para o período do ano. Clique aqui e confira os dados!
Clique aqui e receba os estudos do Farmnews pelo WhatsApp!



