O preço futuro do boi gordo iniciou julho (10) em forte queda, pressionado com a divulgação da tarifa dos EUA aos produtos importados do Brasil.
Vale lembrar que no dia da divulgação da tarifa, o mercado futuro do boi gordo oscilou entre a estabilidade e alta (clique aqui), mas, isso mudou na primeira metade de julho (10), com os contratos caindo forte. A queda no vencimento para outubro oscila em torno de R$5,0 por arroba, com o valor cotado inclusive abaixo de R$325,0 por arroba e não muito distante da mínima, quando foi cotado abaixo de R$320,0 por arroba no final de fevereiro.
O Farmnews inclusive destacou crescente a importância dos EUA para o agronegócio brasileiro, em especial para a carne bovina, uma vez que a participação do país vem aumentando em 2025. Clique aqui e saiba mais!
Os EUA, aliás, foram o segundo maior importador de carne bovina do Brasil na primeira metade de 2025, mais que dobrando as compras em relação ao mesmo período de 2024 (clique aqui).
Mas, claro, é importante destacar que apesar da importância e da representatividade dos EUA no mercado pecuário brasileiro, é igualmente importante lembrar que outros países, além dos EUA tem aumentado o ritmo de compra de carne bovina brasileira de modo importante no ano, entre eles o México, a Rússia, os países da UE entre outros, isso sem falar das Filipinas e Emirados Árabes
O impacto é expressivo, mas é importante lembrar que o mercado, especialmente futuro, é volátil e notícias como essa, da tributação sobre os produtos exportados pelo Brasil para os EUA, “afloram” os sentimentos e podem criar movimentos de queda exagerados. Às vezes os movimentos de alta também são exagerados. O fato é que quando isso acontece, tanto para baixo como para cima, os valores tendem a ser corrigidos e por isso é preciso cautela dos investidores para não se precipitar.
É importante lembrar que o preço do boi gordo nos EUA segue renovando a máxima histórica em 2025 e o que tem aumentado a procura por carne bovina do Brasil, não apenas dos EUA, mas de outros importadores. E isso não pode ser esquecido. Clique aqui!
Nesse contexto, a China, de longe nosso principal importador de carne bovina, aumentou o ritmo de compra em 2025 pelo quinto mês consecutivo. Clique aqui!
O fato é que em momentos como esse a pressão aumenta e isso tende a refletir na aversão ao risco, com consequente queda no preço futuro do boi gordo e a maior insegurança para o pecuarista. Mas será que não está exagerado?
Bom, exagerado ou não, a volatilidade tem feito parte do dia a dia da pecuária. E proteção e gestão de risco nunca este tão em evidência. Mas nosso objetivo aqui é buscar trazer informações para que o pecuarista e os investidores avaliem, com base em dados, os possíveis e o tamanho do impacto dessa tarifa. Especulação é parte do mercado e a tarifa dos EUA impacta sim a exportação de carne bovina do Brasil. No entanto, como os preços por lá também estão nas alturas e com novos países compradores em foco, talvez o impacto real não seja tão grande e, principalmente, esperamos que essa medida possa ser revista. Vamos ver se nosso governo vai trabalhar para isso…
O Farmnews também comparou os dados do preço do bezerro, boi gordo, milho e soja nos últimos anos. Clique aqui e confira a variação acumulada do preço das commodities agrícolas acompanhadas pelo Farmnews no 1º semestre de cada ano desde 2020.
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