As vendas de carne bovina voltaram a reagir no fim de fevereiro, após quedas consecutivas

Após duas semanas de quedas, as vendas de carne bovina voltaram a reagir no final de fevereiro e registra alta em São Paulo.
No mercado de carne com osso, no atacado, a cotação caiu. O preço da carcaça casada do boi capão recuou 4,6%, comercializada em R$20,60/kg, enquanto para a do boi inteiro a queda foi de 5,5%, negociada em R$18,75/kg. Já para as fêmeas, houve retração de 4,7% no preço da carcaça da vaca casada, cotada em R$18,10/kg, e de 4,5% para a carcaça da novilha, apregoada em R$19,10/kg.
Essa movimentação ocorreu devido ao aumento na oferta em relação às últimas semanas e a desaceleração das vendas. No entanto, o mercado deu sinais de possíveis mudanças no final de fevereiro, o que pode alterar esse cenário nos próximos dias.
No mercado de carne desossada, registrou-se uma redução de 0,8% no preço médio. Os cortes do traseiro recuaram 1,0%, enquanto nos do dianteiro, a redução foi de 0,1%, com quedas apenas para os preços do cupim (-0,8%) e do lombinho (-0,7%), fator que pode ter influenciado na moderação da queda nos preços.
Já no setor varejista, São Paulo registrou um aumento de 0,3% no preço médio, após duas semanas consecutivas de desvalorização, apesar das vendas ainda não terem retomado o ritmo esperado.
Nos demais estados monitorados, os preços médios caíram. No Paraná, a retração foi de 0,2%, onde a variação no preço da picanha se destacou (-3,4%), enquanto grande parte dos cortes permaneceu sem alteração. Em Minas Gerais, a queda foi de 0,9%, com destaque para a picanha maturada, que recuou 5,2%. No Rio de Janeiro, o preço caiu 0,8%, com destaques para a alcatra com maminha (-4,8%) e para o lombinho (-4,6%).
Apesar da alta dos preços no varejo paulista, os mercados atacadista e varejista seguem em retração, levando a indústria frigorífica a reduzir as compras de boiadas, contribuindo para a pressão de queda para o mercado do boi gordo.
No entanto, há expectativa de melhora nas vendas de carne bovina no curto prazo, impulsionada pela chegada do Carnaval e pelo início do mês, períodos que tradicionalmente favorecem o consumo.
Tabela. Preços médios dos cortes sem osso no mercado atacadista de São Paulo, em R$/kg.

E além da expectativa mais otimista para as vendas de carne bovina nesse início de março, a exportação de carne bovina do Brasil deve renovar a máxima para um mês de fevereiro, em 2025. Clique aqui e saiba mais!
Vale destacar, contudo, que o mercado do boi gordo foi mais pressionado em fevereiro (clique aqui), passando a acumular queda no ano e, com o mercado futuro também indicando um movimento de queda no curto prazo. Nesse contexto, é importante destacar, nos contratos futuros do boi gordo, o aumento no saldo da posição de venda pelo investidor Pessoa Física que, inclusive passou a liderar o rank dos “vendidos” (clique aqui).
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