Venda de carne bovina ganha força e demanda mostra sinais de recuperação!
Alívio para o setor: venda de carne bovina ganha força após semanas em ritmo lento, com a demanda mostrando sinais de recuperação.
Após semanas consecutivas de vendas em ritmo lento, o início de mês trouxe um cenário diferente. Mesmo antes do quinto dia útil, a demanda se aqueceu, com pico no fim de semana. No entanto, os preços andaram de lado, com ajustes moderados em relação às semanas anteriores.
No mercado atacadista de carne com osso paulista, todas as carcaças casadas registraram alta.
A carcaça casada do boi capão subiu 2,0%, negociada a R$20,50/kg, enquanto a do boi inteiro apresentou aumento de 2,6%, cotada em R$19,50/kg.
Entre as fêmeas, a carcaça casada da vaca subiu 1,9%, negociada em R$18,85/kg, e a da novilha 1,8%, chegando a R$19,35/kg.
No mercado de carne sem osso, a média geral dos preços se manteve estável, mas com movimentos opostos entre os cortes do dianteiro e do traseiro.
Os cortes do dianteiro registraram alta na cotação média, de 0,2%, sustentada principalmente pelo avanço de 2,6% no preço do cupim – apesar de dois cortes em alta e quatro em queda.
Já o preço médio dos cortes do traseiro recuou 0,1%, com nove cortes em baixa, quatro em alta e três estáveis. O destaque ficou para o coxão duro, que apresentou queda de 1,9%.
No varejo, o comportamento dos preços, que vinha alinhado entre os estados, com altas, apresentou variações distintas nesta semana: Paraná e Rio de Janeiro registraram alta, São Paulo apresentou queda e Minas Gerais, estabilidade.
No Paraná, a cotação média subiu 0,2%, resultado da alta em oito cortes, queda em seis e estabilidade em sete. Ainda assim, a maior variação foi negativa, com recuo de 2,3% para a alcatra com maminha.
No Rio de Janeiro, o ajuste positivo na média foi de 0,1%, com oito cortes em alta, quatro em queda e nove estáveis. O destaque foi o acém, com aumento de 2,7%.
Em São Paulo, a desvalorização no preço médio foi de 0,3%, reflexo da queda em 11 cortes, frente a seis em alta e quatro sem variação. O maior destaque foi a alcatra com maminha, que subiu 3,3%.
Em Minas Gerais, a média não mudou, com sete cortes em alta, seis em baixa e oito sem alteração. A maior variação foi negativa, de 3,5%, para o filé mignon com cordão.
No curto prazo, ainda se espera um bom ritmo na venda de carne bovina, o que deve manter os preços entre a estabilidade e altas.
Tabela 1. Preços médios dos cortes sem osso no mercado atacadista de São Paulo, em R$/kg.

E além da venda de carne bovina brasileira no mercado internacional em valores recordes, a exportação de bovinos vivos, avaliada em faturamento, somou o equivalente a US$150,07 milhões em setembro de 2025, o maior valor mensal da história do Brasil. E entre os principais países importadores de bovinos vivos do Brasil em 2025, o destaque tem sido a Turquia, Marrocos, Egito e o Líbano, com forte alta frente ao ritmo de compra de 2024 (clique aqui).
Tabela 2. Preços médios dos cortes no mercado varejista na semana, em R$/kg.

Os dados de exportação (clique aqui) e o consumo doméstico com expectativa de aquecimento ainda maior daqui para frente devem contribuir para uma maior pressão de alta, ainda mais com a esperada redução no ritmo de abate de fêmeas.
Vale lembrar que o preço do boi gordo voltou a mostrar sinais de recuperação em outubro, mas segue com média estável frente aos meses anteriores. Clique aqui e saiba mais!
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